A marca desportiva Adidas retirou as imagens de Bella Hadid de uma campanha publicitária depois de protestos do Governo de Israel que tem acusado a modelo de antissemitismo. Na campanha, a norte-americana promovia o modelo de ténis SL72, originalmente lançado nos Jogos Olímpicos de Munique de 1972, onde 11 elementos da comitiva israelita foram mortos num ataque de um grupo extremista pró-Palestina denominado Setembro Negro.
A decisão da Adidas surgiu depois de a conta oficial de Israel na rede social X ter criticado a campanha, lembrando a morte dos “11 israelitas por terroristas palestinianos” com uma modelo com posições públicas pró-Palestina: “Adivinha quem é a cara da campanha deles? Bella Hadid, uma modelo meio palestiniana que tem um histórico de propagação de antissemitismo e de apelo à violência contra israelitas e judeus. Ela e o seu pai promovem frequentemente conspirações antissemitas contra os judeus”, lê-se na publicação.
.@Adidas recently launched a new campaign for their shoes to highlight the 1972 Munich Olympics.
Eleven Israelis were murdered by Palestinian terrorists during the Munich Olympics.
Guess who the face of their campaign is? Bella Hadid, a half-Palestinian model who has a history… pic.twitter.com/IgdGq2OLmd
— Israel ישראל (@Israel) July 18, 2024
Em resposta, a Adidas retirou a imagem da modelo, pedindo desculpa por “qualquer transtorno causado” e garante estar a repensar a campanha. “Estamos cientes de que foram feitas ligações a eventos históricos trágicos – embora não exista qualquer intenção – e pedimos desculpas por qualquer transtorno ou sofrimento causado”, disse a marca, citada pelo The Guardian. e acrescenta: “consequentemente, estamos a rever o plano remanescente da campanha”.
Com raízes familiares na Palestina, Bella Hadid já tinha sido antes criticada pelo governo de Israel várias vezes. Uma delas por ter entoado o cântico “From the river to the Sea, Palestine will be free” (do rio ao mar, a Palestina será livre, numa tradução livre, em português) que em Israel é visto como uma frase pró-Hamas e alegadamente um incentivo à violência. Ao longo dos anos, a modelo tem criticado os líderes israelitas e apoiado o povo palestiniano. A 26 de outubro, pouco depois do início da guerra entre Israel e o Hamas, recorreu ao Instagram para lamentar a morte de pessoas inocentes e apelar aos seus seguidores para pressionarem os seus líderes a proteger os civis em Gaza.