A marca desportiva Adidas retirou as imagens de Bella Hadid de uma campanha publicitária depois de protestos do Governo de Israel que tem acusado a modelo de antissemitismo. Na campanha, a norte-americana promovia o modelo de ténis SL72, originalmente lançado nos Jogos Olímpicos de Munique de 1972, onde 11 elementos da comitiva israelita foram mortos num ataque de um grupo extremista pró-Palestina denominado Setembro Negro.

A decisão da Adidas surgiu depois de a conta oficial de Israel na rede social X ter criticado a campanha, lembrando a morte dos “11 israelitas por terroristas palestinianos” com uma modelo com posições públicas pró-Palestina: “Adivinha quem é a cara da campanha deles? Bella Hadid, uma modelo meio palestiniana que tem um histórico de propagação de antissemitismo e de apelo à violência contra israelitas e judeus. Ela e o seu pai promovem frequentemente conspirações antissemitas contra os judeus”, lê-se na publicação.

Em resposta, a Adidas retirou a imagem da modelo, pedindo desculpa por “qualquer transtorno causado” e garante estar a repensar a campanha. “Estamos cientes de que foram feitas ligações a eventos históricos trágicos – embora não exista qualquer intenção – e pedimos desculpas por qualquer transtorno ou sofrimento causado”, disse a marca, citada pelo The Guardian. e acrescenta: “consequentemente, estamos a rever o plano remanescente da campanha”.

Com raízes familiares na Palestina, Bella Hadid já tinha sido antes criticada pelo governo de Israel várias vezes. Uma delas por ter entoado o cântico “From the river to the Sea, Palestine will be free” (do rio ao mar, a Palestina será livre, numa tradução livre, em português) que em Israel é visto como uma frase pró-Hamas e alegadamente um incentivo à violência. Ao longo dos anos, a modelo tem criticado os líderes israelitas e apoiado o povo palestiniano. A 26 de outubro, pouco depois do início da guerra entre Israel e o Hamas, recorreu ao Instagram para lamentar a morte de pessoas inocentes e apelar aos seus seguidores para pressionarem os seus líderes a proteger os civis em Gaza.

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