O príncipe George, o filho mais velho dos príncipes William e Kate, celebra esta segunda-feira, dia 22 de julho, o seu 11.º aniversário. Para assinalar esta data foi partilhada uma fotografia do neto mais velho de Carlos III nas redes sociais dos príncipes de Gales.
Este ano a fotografia tem alguns traços diferentes daquelas que costumam ser partilhadas em anos anteriores, ainda que a fotógrafa seja a mesma: Kate Middleton. A princesa de Gales é uma amante da fotografia e por esse motivo costumam ser da sua autoria as imagens com que são assinalados os aniversários dos três filhos — os príncipes George, Charlotte e Louis — bem como as fotografias alusivas a datas festivas como o Dia do Pai.
A sobriedade do preto e branco não é uma novidade entre as imagens do clã — basta recordar o postal de Natal da família de 2023. Mas se habitualmente nas fotografias publicadas nos aniversários dos jovens príncipes estes costumam aparecer em poses mais descontraídas, este ano George aparece num registo mais institucional. O bisneto da rainha Isabel II está sentado, usando um fato com camisa branca, sem gravata, e esboçando um sorriso, uma fotografia a preto e branco.
“Desejamos ao príncipe George um muito feliz 11.º aniversário hoje!”, pode ler-se na legenda da fotografia divulgada no Instagram e no X (antigo Twitter).
O último aniversário antes da mudança no protocolo
Uma certa austeridade na mais recente foto do príncipe, a preto e branco, pode estar relacionada com a mudança de protocolo que enfrenta dentro de um ano. Quando fizer 12 anos, George, que ocupa o segundo lugar na linha de sucessão ao trono, não poderá viajar com o pai. Quem o garante é Christopher Andersen, autor do livro ‘The King: The Life of Charles III’, publicado em novembro de 2022, que explica o motivo. “Este pode ser o último ano em que George poderá voar com o pai”, afirmou Andersen à Fox News Digital. “A partir dos 12 anos, os futuros herdeiros do trono são obrigados a fazer viagens aéreas separadamente, para preservar a linha de sucessão caso ocorra um acidente”, uma regra que pode ser alterada pelo rei, algo que é bastante desencorajado, segundo escreve o Mirror.
O autor acrescentou ainda que quando o príncipe William completou 12 anos começou a viajar num jato real separado do seu pai, o rei Carlos III, e do irmão mais novo, o príncipe Harry. Esta é uma regra que se mantém até aos dias de hoje. “É uma regra mórbida, mas, novamente, quando completam 16 anos, todos os membros da realeza também são convidados a ajudar a planear os seus próprios funerais”, contou ainda Anderson.
Mesmo antes de os jovens herdeiros atingirem os 12 anos, não é aconselhável que viajem no mesmo avião que os pais, tendo o príncipe William sentido a necessidade de, no passado, pedir autorização à avó, a rainha Isabel II, para viajar com George. A primeira foi em 2014, quando a família viajou para a Austrália e a Nova Zelândia, numa altura em que George tinha nove meses. Mais tarde, em 2016 — quando a segunda filha do casal, Charlotte, já tinha nascido — William voltou a pedir permissão para viajar com a mulher e os filhos para o Canadá. Um ano mais tarde, em julho de 2017, Isabel II deu nova permissão para que os então duques de Cambridge viajassem com os dois filhos para a Polónia e a Alemanha.
Um aniversário celebrado numa altura difícil para a família Windsor
Este tem sido um ano particularmente complicado para a família real britânica no geral e para os príncipes de Gales em particular. No passado mês de fevereiro, o rei Carlos III anunciou que se encontrava a receber tratamento para um cancro, uma notícia que apanhou os britânicos de surpresa.
Já há precisamente quatro meses, a 22 de março, foi a vez de a princesa de Gales anunciar que se encontra a fazer tratamento preventivo para um cancro, um anúncio feito pela própria Kate Middleton num vídeo partilhado nas redes sociais, depois de meses de especulações sobre o real motivo que teria levado a princesa a suspender a agenda e a não aparecer em público desde a missa do Dia de Natal.
“Foi um grande choque para mim e para o William e estamos a fazer todos os possíveis para processar e tratar do assunto em privado para bem da nossa família. Como podem imaginar isto levou tempo. Levou tempo para me recuperar de uma cirurgia importante e começar o meu tratamento. Mas o mais importante foi que precisámos de tempo para explicar tudo ao George, à Charlotte e ao Louis, de uma forma que seja apropriada para eles e assegurá-los de que vou ficar bem”, disse na altura a princesa, na gravação.
Kate voltou a aparecer em público ao lado da família em junho, durante as celebrações do Trooping the Colour, nas quais se comemora o aniversário do rei.
A polémica em torno da fotografia do Dia da Mãe
O Dia da Mãe no Reino Unido celebrou-se este ano a 10 de março e para assinalar a data a Casa Real partilhou uma fotografia na qual a princesa aparecia muito sorridente abraçada aos filhos mais novos, Charlotte e Louis, e com o filho mais velho, George, atrás de si. A fotografia é da autoria do príncipe William e rapidamente começou a gerar alguma polémica. Se por um lado era a primeira fotografia da princesa de Gales divulgada de forma oficial pelo Palácio de Kensington desde que Kate se tinha submetido a uma cirurgia abdominal – e nesta altura ainda não tinha sido revelado que a princesa estava a fazer quimioterapia preventiva – por outro houve quem começasse a encontrar alguns erros na fotografia (na mão da princesa Charlotte, por exemplo), que levantaram suspeitas de que a imagem poderia ter sido editada.
Mais tarde, e depois de agências como a Getty Images, a AFP, a Reuters e a Associated Press terem retirado a foto dos seus bancos de imagens, a princesa de Gales fez um comunicado por escrito nas redes sociais, onde admitiu que tinha editado a fotografia.
“Como muitos fotógrafos amadores, de vez em quando faço experiências com a edição. Queria pedir desculpa por qualquer confusão que tenha causado a fotografia de família que partilhámos ontem. Espero que todos tenham tido um feliz Dia da Mãe”, escreveu, assinando com “C”, de Catherine, o seu primeiro nome.
De recordar que desde a morte da rainha Isabel II, a 8 de setembro de 2022, o príncipe George ocupa a segunda posição na linha de sucessão ao trono atrás do pai, o príncipe William, pelo que um dia se espera que venha a ser coroado rei.