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Na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, vive-se neste momento uma “situação de caos” e de “sobrelotação”, de acordo com fonte do hospital que admite ao Observador que a instituição já está a sentir a pressão de ser a única aberta para dar resposta a toda a cidade.
O primeiro fim de semana de agosto está ficar marcado pelo encerramento de seis das dez maternidades da Área Metropolitana de Lisboa, sendo que, na capital, apenas a Maternidade Alfredo da Costa está a receber grávidas. Ao Observador, fonte desta instituição hospital admite que os serviços já começam a acusar pressão. De forma a conseguir dar resposta à sobrelotação do espaço, os médicos estão focados em dar altas assim que as pacientes reúnem as condições para tal, admite a mesma fonte.
Na passada sexta-feira foram dadas 17 altas e, ao longo da manhã deste sábado, registaram-se mais oito. Fonte desta maternidade diz que o objetivo é manter uma constante rotatividade de vagas, assegurando assim o máximo número de camas disponíveis possível. Só esta manhã passaram por aquele local quatro ambulâncias que, segundo a fonte hospitalar, pode ser para irem buscar grávidas ao saber que uma cama ficou disponível.
A mesma fonte adianta ainda que a Maternidade Alfredo da Costa saúda a nova urgência (após seis meses de obras), que considera ser uma ajuda para os profissionais de saúde, mas que, ainda assim, é insuficiente para o período que se azivinha.
É de relembrar ainda o plano definido pela DE-SNS que existe para quando a capacidade do SNS está preenchida nesta região. O documento dá permissão ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes do Instituto Nacional de Emergência Médica para orientar as grávidas em trabalho de parto para hospitais do setor privado, em casos com mais de 36 semanas de gestação e sem fatores de risco.
De acordo com a Direção Executiva do SNS, nos primeiros dois meses do ano foram encaminhadas para maternidades do setor privado 32 grávidas.
(Notícia corrigida às 17h25 clarificando que existe a possibilidade de envio de grávidas para o setor privado em caso de sobrelotação, mas não é certo que a Maternidade Alfredo da Costa vá fazê-lo).