A Câmara de Cascais criticou e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) por manter a interdição em duas praias do concelho, apesar de uma última contra-análise revelar “padrões normais” na qualidade da água.
A interdição da água balnear das praias da Poça, em São João do Estoril, e das Moitas, no Monte Estoril, no concelho de Cascais, distrito de Lisboa, devido a “contaminação microbiológica”, está registada no site da APA, desde quinta-feira.
O vice-presidente da Câmara de Cascais, Nuno Piteira Lopes, disse à agência Lusa que a última contra-análise realizada pela APA demonstra “que as águas de Cascais estão com a qualidade de acordo com os padrões que são necessários“.
“Aquilo que nos espanta é como é que se existe uma análise com a data de hoje da APA a dizer que as águas têm qualidade, como é que pode haver notícias a ser veiculadas a dizer que as praias do concelho de Cascais, nomeadamente as Moitas, vão estar interditadas até segunda-feira“, questionou o autarca.
O autarca instou as autoridades com competência nesta matéria, como a APA, de “uma vez por todas” a “identificar em concreto quais são as causas que levam a estas situações”, apontando que a “interdição ou não interdição, dia sim, dia não” causa um “efeito reputacional altamente negativo e prejudicial” ao município.
“Aquilo que eu peço é que a APA tenha a mesma celeridade que eu tenho enquanto autarca para disponibilizar a informação ao minuto daquilo que é a verdade sobre a qualidade das águas no Concelho de Cascais”, sublinhou.
Piteira Lopes adiantou ainda à Lusa que a Câmara de Cascais irá passar a fazer análises bidiárias à qualidade das águas no concelho, frisando que a APA realiza análises mensais e que a autarquia realiza semanalmente.
“Nós temos mais de 2500 análises feitas durante o ano todo de 2023. Não podem ser três análises no mês de junho, julho e agosto que vão contrariar ou contradizer aquilo que são os dados coesos regulares constantes de toda uma monitorização que é feita durante todo o ano pelo município de Cascais”, defendeu.