Os preços em Espanha subiram 2,8% em julho, menos seis décimas do que no mês passado, revelou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística espanhol (INE).

Esta evolução da inflação (subida dos preços em relação ao mesmo período do ano anterior) deveu-se, principalmente, à descida da eletricidade, segundo o instituto.

A inflação em Espanha desceu em julho pelo segundo mês consecutivo, depois de em maio se ter situado em 3,6%.

Quanto à taxa de inflação subjacente (sem a energia e os produtos alimentares frescos, os mais voláteis do cabaz de compras), o INE estima que foi também 2,8% em julho, menos duas décimas do que em junho.

O governo espanhol decidiu em junho passado manter até ao final de setembro manter sem IVA (imposto sobre o consumo) vários alimentos considerados básicos e incluir o azeite nesta medida desde 1 de julho.

Entre 1 de outubro e 31 de dezembro, estes alimentos (que incluem leite, pão, ovos, hortaliças, frutas e azeite) passam a ter 2% de IVA, com o Governo espanhol a estimar que voltarão a ter a taxa habitual de 4% a partir de 1 de janeiro de 2025, atendendo às previsões de moderação da inflação.

Alimentos considerados de primeira necessidade estão com IVA zero em Espanha desde janeiro de 2023 como resposta à escalada dos preços.

Várias outras medidas de resposta à inflação adotadas nos últimos dois anos continuam também em vigor por mais alguns meses.

Uma delas é a manutenção, até 30 de setembro, de um IVA reduzido de 5% noutros alimentos, como massas e óleos de origem vegetal. Em 01 de outubro, o IVA destes produtos passará para 7,5% antes de voltar aos 10% normais, previsivelmente em 01 de janeiro de 2025.

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Mantêm-se também em vigor até dezembro descontos nos passes para transportes públicos e nas portagens.

Espanha adotou pacotes para responder à subida dos preços depois de no primeiro semestre de 2022 ter tido dos valores mais elevados da União Europeia (UE) e de em julho daquele ano ter registado a inflação mais alta no país desde 1984 (10,77%).

O país fechou 2022 com a inflação mais baixa da UE (5,7%) e no ano passado a taxa continuou a baixar, apesar de algumas oscilações, chegando a dezembro nos 3,1%.

O governo espanhol garantiu que está a ter em consideração o pedido da Comissão Europeia para serem levantados os apoios extraordinários adotados a nível nacional para responder à escalada da inflação e daí os termos em que foi aprovado o prolongamento de algumas medidas.