Representou a Austrália nos Jogos de Paris e as consequências da prestação ainda estão a fazer-se sentir. Rachael Gunn, mais conhecida como Raygun, tem sido vítima de “ódio” online e, após um período inicial em que se remeteu ao silêncio, a ‘breakdancer’ australiana reagiu às críticas e à chacota dos internautas. Segundo Rachael, as críticas estão a ter um efeito “devastador”.

Num vídeo publicado na rede social Instagram, Raygun começa por dizer que se sente “realizada” por ter trazido “alegria” à vida das pessoas. Passa depois a pronunciar-se sobre o ódio de que tem sido alvo. A atleta apelou ainda à sua privacidade e também à da família e amigos.

Não sabia que também estariam abertas as portas a tanto ódio que, francamente, tem sido devastador”

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Depois de não conseguir assegurar nenhum ponto nas três rondas all-around da competição de breaking, e de a sua prestação se ter tornado viral, ainda surgiram vários rumores sobre Raygun e a forma como terá conseguido chegar aos Jogos Olímpicos, avança o The Guardian.

Foi criada uma petição online que sugeria uma investigação à qualificação da atleta australiana para Paris. Um dos rumores que têm alimentado críticas é o de que Raygun ter-se-á qualificado para os Jogos porque Sammie Free, seu marido, era o selecionador nacional e um dos juízes no evento de qualificação. Esta suposição não é verdadeira.

O Comité Olímpico Australiano (COA) reagiu prontamente e condenou a petição, que era anónima. Matt Carroll, chefe executivo do COA, fez saber que a petição teve origem num “ódio sem qual qualquer base factual”. Carroll referiu ainda que a “qualificação foi feita através de um processo transparente e independente”.

No seguimento da participação de Raygun nos Jogos de 2024, a ‘breakdancer’ australiana diz que se divertiu durante a prova e que deu “verdadeiramente” tudo o que tinha.

A petição na página Change.org chegou às 54 mil assinaturas e incitava Raygun a pedir desculpa pela sua prestação. O COA solicitou que a petição fosse apagada e esta já não se encontra online.

O breaking estreou-se nos Jogos de Paris e já se sabe que não estará na programação dos próximos Jogos Olímpicos que vão ter lugar em Los Angeles, em 2028.