Duas jornadas, nove golos. Desde 2013/14, quando goleou Arouca e Académica nas duas primeiras jornadas do Campeonato, que o Sporting não marcava tantos golos nos dois primeiros jogos da temporada. Com os três marcados ao Rio Ave e os seis apontados frente o Nacional, os leões têm agora o melhor registo da década.

Pedro, o verdadeiro Pote de força de um rolo compressor (a crónica do Nacional-Sporting)

A equipa de Rúben Amorim leva agora duas vitórias em duas jornadas, algo que já tinha acontecido na época passada e que aconteceu em quatro das últimas cinco temporadas. Os leões marcaram três ou mais golos nos três jogos oficiais que já realizaram, num total de 12 — o melhor registo desde 1990/91, quando apontaram 13 nos primeiros três jogos do ano.

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Em oposição, o Sporting também sofreu golos nos três primeiros jogos da temporada, algo que nunca tinha acontecido desde que Rúben Amorim chegou a Alvalade. A última vez, na verdade, tinha sido já em 2019/20, quando Marcel Keizer era o treinador leonino. Este sábado, na Choupana, os leões assinaram a maior derrota de sempre do Nacional em casa num jogo em que Pedro Gonçalves marcou e assistiu e foi eleito o melhor jogador em campo.

“A equipa tem estado muito bem e tem-se encontrado no último passe, temos encontrado os nossos colegas, seja eu, o Gyökeres, o Trincão, o Edwards, e eu só espero que continue. Foi o que treinámos na pré-época, estamos a um bom nível física e taticamente e esperamos que continue assim toda a época”, disse o avançado português na zona de entrevistas rápidas, antes de sublinhar que o Sporting “vai à luta” na corrida pela revalidação do título.

Já Rúben Amorim, também na flash interview, reconheceu algumas dificuldades na primeira parte. “Tivemos alguma dificuldade em marcar o Luís Esteves e pressionar o médio defensivo. Acertámos melhor isso e depois jogámos melhor, não andámos tanto a correr e não andamos tão perdidos. Isso depois ajuda-nos a atacar. O desenrolar do jogo vai cansando uma equipa que está sempre atrás da bola e quando a bola começa a entrar e a empurrar essa equipa… Nos poucos ataques que tiveram, fazíamos transições e cansávamos o Nacional. Foi claro que podíamos ter feito mais golos, mas não nos podemos iludir. O início da segunda parte também ajudou, o futebol é mesmo assim. Os jogadores mudaram o jogo e todos os momentos importantes caíram para o nosso lado”, começou por dizer, antes de dar pormenores sobre o problema físico que afastou Hjulmand do jogo.

“Tem um pequeno problema no tornozelo, antes de ir para a conferência não achei que fosse nada de grave. Não podemos arriscar e temos jogadores de qualidade. Todos estão preparados para jogar. O Dani [Bragança] é cada vez mais maduro, mais forte fisicamente, e não surpreende nada. É um dos capitães. A equipa tem de se adaptar a um e a outro”, acrescentou.

Mais à frente, Rúben Amorim confirmou que a entrada de Debast, já na segunda parte, também serviu para dar confiança ao central depois da exibição pouco conseguida na Supertaça contra o FC Porto. “Tudo. Temos de crescer muito. O resultado é sempre bom, é sempre bom marcar golos, mas olhando para o jogo acho que temos de crescer em todos os aspetos. Quando o resultados nos ajuda, vamos preparando os jogos. O Debast tem mais experiência do que muitos aqui. Era capitão do Anderlecht. Teve um momento mais difícil, mas sempre foi idolatrado no anterior clube. Não nos podemos esquecer que ainda tem 20 anos”, atirou.

Por fim, quando questionado sobre uma eventual saída de Marcus Edwards e a potencial entrada de um avançado, o treinador leonino acabou por revelar que Mateus Fernandes poderá deixar o plantel até ao final do mercado de transferências. “O que é possível é que o Mateus Fernandes poderá sair. São aqueles dilemas do nosso clube, entre querermos manter os jovens e termos de fazer escolhas. Essa é a única evolução e o clube irá transmitir. Em definitivo? Isso temos de esperar, mas é um jogador que poderá sair”, terminou.