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O abastecimento de água nas localidades dos concelhos de Câmara de Lobos e Ribeira Brava afetadas pelo incêndio que lavra desde quarta-feira na Madeira já está regularizado, informou esta segunda-feira a Água e Resíduos da Madeira (ARM).
As áreas mais afetadas foram as freguesias do Curral das Freiras e do Jardim da Serra, no concelho de Câmara de Lobos, e a da Serra d´Água, no município contíguo a oeste, o da Ribeira Brava.
Em comunicado, a ARM, gestora da distribuição em baixa nos concelhos de Câmara de Lobos e Ribeira Brava, entre outros municípios, adianta que as equipas “permanecem no terreno para proceder às intervenções que ainda sejam necessárias”.
Na nota, ARM apela a que a água em todos os concelhos “seja consumida apenas para o essencial” enquanto persistirem as temperaturas elevadas na Madeira, que levaram o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a colocar a costa sul e as regiões montanhosas sob aviso laranja.
As limpezas dos quintais, lavagens de viaturas, regas de jardins, entre outras operações menos essenciais podem aguardar mais alguns dias”, salienta a ARM.
A empresa indica, por outro lado, que se registou uma derrocada numa zona de difícil acesso na Levada do Norte, o que vai ocasionar “condicionamentos no fornecimento de água para regadio, no eixo Ribeira Brava-Câmara de Lobos” nos próximos dias.
“Assim que estejam reunidas as condições de segurança — que se espera acontecer durante o dia de amanhã [terça-feira] será efetuada a prospeção do canal atingindo, para se proceder à reparação do mesmo assim que possível”, acrescenta.
A ARM também gere a distribuição de água nos concelhos de Machico, Santana e Porto Santo.
O incêndio rural na Madeira deflagrou na quarta-feira nas serras da Ribeira Brava, propagando-se no dia seguinte ao concelho contíguo a este, Câmara de Lobos, e, já no fim de semana, ao município da Ponta do Sol, através do Paul da Serra.
Até domingo, 160 pessoas foram retiradas das suas habitações por precaução e transportadas para equipamentos públicos, mas muitos moradores já regressaram ou estão a regressar a casa.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento, agora mais reduzido, e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de feridos ou destruição de casas e infraestruturas essenciais.
O fogo mobiliza perto de duas centenas de operacionais (inclusive do continente e dos Açores) e algumas dezenas de viaturas, além do meio aéreo do arquipélago, com as atenções centradas sobretudo nos concelhos da Ribeira Brava e da Ponta do Sol.
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