O BE/Açores criticou esta terça-feira o Hospital de Ponta Delgada por estar a anunciar a contratação de assistentes operacionais em regime de prestação de serviços, quando o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) ainda não integrou os trabalhadores dos denominados “contratos Covid”.

O Governo [Regional] ainda nem cumpriu a sua promessa de, finalmente, integrar as centenas de trabalhadores precários que estão há anos no Serviço Regional de Saúde ao abrigo dos chamados ‘contratos Covid’, e já está a criar novas situações de precariedade com a contratação de mais trabalhadores a recibos verdes”, adiantou o BE açoriano em comunicado esta terça-feira divulgado.

Para o partido, “não é compreensível que uma empresa pública que precisa de trabalhadores a tempo inteiro opte por contratar trabalhadores a recibos verdes, sabendo que esta é a forma mais precária de trabalho que existe, e que penaliza muito os trabalhadores não só em termos financeiros, mas também pela falta de estabilidade e menor proteção social”.

Para o BE/Açores, o anúncio de oferta de trabalho para assistentes operacionais a recibos verdes a tempo inteiro para o Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, “mostra que com o governo da coligação de direita — PSD, CDS e PPM, com o apoio do Chega — o trabalho precário na administração pública e nas empresas públicas vai continuar”.

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As empresas públicas devem ser “um bom exemplo no respeito pelos trabalhadores”, salientou o BE/Açores, liderado por António Lima, criticando a opção do HDES “pela oferta de trabalho precário”.

Fonte da Secretaria Regional da Saúde e Segurança Social dos Açores contactada pela agência Lusa remeteu o assunto para a direção do HDES, uma vez que os hospitais têm autonomia nesta matéria.

A Lusa tentou obter, por correio eletrónico, uma reação do hospital de Ponta Delgada à denúncia do BE/Açores, mas até às 18h30 ainda não tinha recebido resposta.