Não foi verificada qualquer adesão à greve dos trabalhadores da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), nos dias 22, 23, 24 e 26 de agosto de 2024. Segundo a agência, a adesão foi inexistente nos serviços relacionados com a receção, análise e apreciação dos processos administrativos pendentes e relacionados com a regularização dos imigrantes. Assim, informa que a ação sindical não provocou, até ao momento, qualquer “atraso na análise no atendimento e apreciação dos processos”.
“O conselho diretivo recentemente empossado está empenhado em cultivar a paz social na AIMA, desde já agradecendo publicamente o trabalho hercúleo que todos têm desenvolvido em circunstâncias que sabemos não serem as ideais”, lê-se no comunicado emitido esta terça-feira pela agência.
A agência informa que o conselho diretivo, em conjunto com a Estrutura de Missão, “está a implementar um conjunto de iniciativas de forma a que o elevado número de pendências herdadas seja recuperado para que possam ser integrados aqueles que procuram o país para viver em condições condignas de acolhimento, salvaguardando a segurança interna, que também urge acautelar”.
No dia 6 de agosto, foi emitido um aviso prévio de greve às horas extraordinárias na AIMA, com início a 22 de agosto. A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) já tinha convocado a greve, com a justificação da falta de recursos humanos.
“O que nos levou a tomar esta decisão foram os problemas que estão a acontecer na AIMA desde a sua entrada em funcionamento, que estão muito ligados à falta de pessoal”, afirmou Artur Cerqueira, dirigente da FNSTFPS, salientando que a greve irá durar até final do ano.