O secretário-geral do PCP considerou esta terça-feira que a próxima Festa do Avante será um exemplo da capacidade de resistência e renovação do partido, mostrando-se confiante de que contará com uma grande participação.

Paulo Raimundo acompanhou uma visita guiada com os jornalistas ao recinto tradicional da Festa do Avante – a Quinta da Atalaia, no Seixal -, e no final, após o encontro com algumas dezenas de voluntários que ultimavam os preparativos para o certame, antecipou que o partido está a preparar “com muita alegria e uma grande confiança” o que classificou como o “maior evento político-cultural do país”.

O dirigente comunista afirmou que, apesar de o partido não ter de “dar provas” da sua capacidade e resistência, a próxima edição do Avante vai ser “um dos exemplos mais vivos da resistência, capacidade, adaptação, renovação, e de olhar para a frente e não olhar para trás” do partido, dada a participação esperada pelo partido.

O partido pretende que a Festa do Avante – que marca a ‘rentrée’ dos comunistas após as férias parlamentares – seja um momento de afirmação cultural e desportiva, mas também de “alegria para o combate que se coloca todos os dias” e de “recarregar de baterias” para resolver os problemas enfrentados pelas populações.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Estamos muito confiantes de que vamos ter uma grande festa, uma grande participação, gente que encontra aqui o seu espaço de solidariedade, o seu espaço de cooperação, o seu espaço de amizade, encontra aqui a alegria, uma grande festa popular, uma grande festa da juventude, com tudo o que temos de melhor para oferecer”, disse Raimundo.

Ainda que confiante numa grande adesão ao evento, o partido não tem, para já, os números sobre a venda das entradas permanentes no festival, com Paulo Raimundo a lembrar que ainda falta mais de uma semana para o início do certame e que “há muita gente que está a decidir agora se vem ou não à festa”.

“Eu, na primeira vez que vim à festa, foi assim. Decidi na antevéspera do dia (…) praticamente na véspera. Há muita gente que está a fazer o mesmo”, sustentou.

O líder do PCP quis também homenagear todos os que se voluntariam para construir a festa, sublinhando a importância todos os que “fazem questão de vir dar o seu contributo durante o processo de construção” e que continuam a apoiar o partido durante o festival.

Sobre o tradicional discurso do secretário-geral do partido para encerrar os três dias de Festa do Avante, Paulo Raimundo confessou não ter “pensado muito bem nisso”, mas garantiu que falar aos jornalistas após a visita guiada desta manhã lhe deu “um embalo” para preparar esse momento.

Nesta ‘rentrée’ política, o PCP vai assinalar o centenário do nascimento do guitarrista Carlos Paredes com um programa que arranca a 6 de setembro e inclui concertos, um seminário e homenagens.

O festival vai contar com as atuações de músicos como Sérgio Godinho, Capicua, Valete e Cristina Branco, numa edição com vários espetáculos dedicados aos 50 anos do 25 de Abril. O grande momento político é o comício de encerramento, com a intervenção do secretário-geral comunista, Paulo Raimundo.