O ex-Presidente norte-americano e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, declarou-se esta quinta-feira não culpado das novas acusações que lhe são imputadas no caso de invasão do Capitólio em 2021.

O magnata nova-iorquino fez esta declaração através dos seus advogados, depois de ter anunciado na terça-feira que estava a usar o seu direito de não estar presente na leitura das acusações no Tribunal Distrital de Columbia, em Washington.

O procurador especial encarregado da investigação a Trump no caso do assalto ao Capitólio, Jack Smith, apresentou uma nova acusação em 27 de agosto mantendo as quatro anteriores, incluindo conspiração para obstruir um processo oficial, mas diminuindo outras para cumprir a decisão do Supremo Tribunal sobre a imunidade dos seus atos enquanto Presidente.

Em 1 de julho, o tribunal superior concedeu imunidade parcial a Trump, concluindo que “um ex-Presidente tem direito à imunidade absoluta de processo penal por ações no âmbito da sua autoridade constitucional”, mas estabeleceu que “não há imunidade para atos não oficiais”.

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A audiência desta quinta-feira foi a primeira que juntou acusação e defesa após aquela decisão.

No dia 6 de janeiro de 2021, cerca de 10 mil pessoas — a maioria apoiantes de Trump — marcharam em direção à sede do Congresso e cerca de 800 invadiram o edifício do Capitólio, após um discurso do ex-Presidente norte-americano a contestar os resultados das eleições que deram a vitória ao adversário democrata, Joe Biden.

Naquele instante, os membros do Congresso tinham agendada a validação da vitória de Biden, nas presidenciais realizadas em novembro do ano anterior, e a poucos dias da sua posse.