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Vale de Judeus. Encontrada “trincheira escavada no chão” usada pelos cúmplices dos cinco reclusos que fugiram

Abrigo com características militares foi encontrado a poucos metros da rede da prisão de Vale de Judeus. Três cúmplices da fuga terão usado local para se esconderem e guardar a escada usada na fuga.

Rede de arame farpado que foi cortado e que permitiu a fuga dos cinco presos da prisão de Vale de Judeus
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Rede de arame farpado que foi cortado e que permitiu a fuga dos cinco presos da prisão de Vale de Judeus

Rui Miguel Pedrosa / Observador

Rede de arame farpado que foi cortado e que permitiu a fuga dos cinco presos da prisão de Vale de Judeus

Rui Miguel Pedrosa / Observador

Foi encontrado a poucos metros da rede que circunda o recinto do estabelecimento prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, um buraco de vários metros que terá sido usado pelos cúmplices dos cinco reclusos que fugiram desta prisão no passado sábado. Informação foi avançada pelo Now e confirmada pelo Observador. O “abrigo” foi encontrado logo no sábado, pouco depois da fuga.

O espaço utilizado pelos cúmplices dos cinco fugitivos foi localizado, perto da rede prisional um “abrigo de características militares”, disse ao Observador Pedro Proença, advogado do Sindicato Nacional do Corpo de Guardas Prisionais (SNCGP).

Trata-se de um “buraco com alguns metros onde terão estado na noite da fuga” os indivíduos que ajudaram os cinco prisioneiros a fugir. “A fuga foi de manhã e eles meteram-se nesta espécie de trincheira cavada no chão, ocultada”, onde havia espaço para os três cúmplices e para a escada verde que permitiu aos reclusos saltar o muro de cerca de 8 metros que circunda a prisão.

Este buraco foi escavado “rapidamente” por estes três homens que, para trás, deixaram apenas “umas latas de Red Bull”, que agora a Polícia Judiciária recolheu para analisar, detalhou ainda o advogado do sindicato.

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Vale de Judeus. Os momentos-chave da fuga da prisão vistos de cima

No dia da fuga dos cinco presos — os portugueses Fernando Ferreira e Fábio Loureiro, o argentino Rodolf Lohrmann, o inglês Mark Roscaleer e o georgiano Shergili Farjiani —, cerca das 19h30, o Observador deu conta de dois homens vestidos à civil, que duas horas antes tinham saído das instalações de Vale de Judeus e que mais tarde foram vistos a percorrer todo o perímetro da prisão.

Os dois homens, que recusaram qualquer contacto, pararam na parte de trás do edifício, especificamente no local da rede que três cúmplices cortaram para permitir a entrada da escada verde usada na fuga. Afastando-se alguns metros desta proteção, os dois homens estiveram mais de trinta minutos à procura de algo no chão, não tendo sido possível perceber exatamente de que se tratava.

Os dois homens aproximaram-se, falaram com um dos guardas de serviço e foram procurar algo na vegetação

NUNO BRITES/OBSERVADOR

Questionado pelo Observador sobre se estes dois homens estariam à procura “desta trincheira”, o advogado Pedro Proença admite que esta pode ser uma hipótese. E acrescenta que o local foi “rapidamente localizado” pelas autoridades.

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Foi por volta das 9h56 de sábado que os reclusos levaram a cabo esta fuga que teve “precisão militar”, conforme descrevia o antigo agente da PJ Alexandre Simas, ao Observador. No entanto, entre a evasão e o alerta à Polícia Judiciária e à PSP passaram três horas. Isto poderá ter permitido aos fugitivos percorrer 150 quilómetros só nesse período.

Até ao momento é ainda desconhecida a identidade dos três indivíduos que ajudaram os reclusos de Vale de Judeus a escapar-se. Assim como a localização dos fugitivos, estando a decorrer uma investigação da PJ que envolve a cooperação internacional. Esta tarde, por volta das 17h30, haverá uma conferência de imprensa que servirá para a ministra da Justiça, Rita Júdice, apresentar as conclusões do relatório final do inquérito preliminar da Divisão de Segurança da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), entregue durante a manhã desta terça-feira.

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