Depois de ter perdido as três rondas all-around por 18-0 nos Jogos de Paris, a b-girl Raygun foi considerada a melhor do mundo, ocupando o primeiro lugar no ranking contemplado pela World DanceSport Federation. A federação de dança já emitiu um comunicado que explica a “metodologia do ranking“.

Se os Jogos Olímpicos se revelaram um pesadelo para Raygun — muito por causa das críticas e do “ódio” a que foi sujeita após as provas –, esta semana a b-girl tem motivos para sorrir, já que foi considerada a melhor breaker do mundo. Mas como se explica que a australiana tenha perdido as três provas dos Jogos e, ainda assim, seja contemplada como número um do ranking? A World DanceSport Federation justifica que os Jogos de Paris não contribuíram para a última atualização da classificação.

“Em conformidade com o sistema de qualificação olímpica, as provas de ranking não foram intencionalmente realizadas entre 31 de dezembro de 2023 e os Jogos Olímpicos de Paris 2024″, pode ler-se no comunicado oficial. Assim, sendo que o ranking é anual e os pontos expiram 52 semanas após a realização das provas, muitas das b-girls contaram apenas com pontos de uma competição.

A World DanceSport Federation adianta que “devido às circunstâncias únicas relativas às provas de classificação deste ano, não é invulgar que, no período imediatamente a seguir aos Jogos Olímpicos, algumas atletas sejam classificadas de acordo com uma única prova”.

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A Federação esclarece ainda que a suspensão de contagem de pontos num ano de Jogos Olímpicos permite que as atletas possam “concentrar-se apenas na última parte da sua qualificação olímpica, sem a pressão acrescida de eventos de ranking adicionais”.

Raygun foi a vencedora dos Campeonatos Continentais da Oceânia que tiveram lugar em Sydney em outubro de 2023 e tirou proveito dessa vitória para alcançar o estatuto de melhor do mundo na sua modalidade. Essa competição não é de grande importância internacional. A b-girl tinha participado no Campeonato Mundial no mês anterior onde acabou no 64º lugar.

Além da má prestação nos Jogos que levou a diversas reações, sobretudo nas redes sociais, Raygun ainda foi acusada de ter-se classificado para Paris porque o marido, Sammie Free, era o selecionador nacional e um dos juízes do evento de qualificação. O Comité Olímpico Australiano respondeu prontamente e desmentiu os rumores.

A b-girl Raygun também reagiu à chacota de que foi alvo após os Jogos Olímpicos referindo que se divertiu na prova e deu “verdadeiramente” tudo.

Breakdancer australiana Raygun diz que “ódio” online “tem sido devastador”