A versão eléctrica do Fiat 500, que durante anos figurou entre os modelos a bateria mais vendidos na Europa, não conseguiu evitar sofrer com a desaceleração na procura por novos veículos eléctricos desde o início de 2024. E, segundo a Reuters, a falta de clientes para comprar os 500e que saem da fábrica em Turim levou a Stellantis, grupo que integra a Fiat, a ordenar a suspensão da produção durante um período de quatro semanas, a começar a 13 de Setembro.

A desaceleração nas vendas de eléctricos, que no último trimestre continuaram a aumentar o número de unidades transaccionadas, mas de forma quase marginal, associada à chegada de mais concorrentes, muitos deles vindos da China, explica a redução nas vendas do 500e. Para a quebra na procura contribuiu, sobretudo, o fim dos incentivos à aquisição de modelos a bateria em países como a Alemanha, o maior mercado da UE.

Esta má notícia para o Fiat 500e chega poucos meses depois de outra notícia igualmente negativa para o 500 a gasolina que, por não satisfazer as necessidades impostas pela UE no que respeita à cibersegurança, viu a sua produção na fábrica da Fiat na Polónia ser descontinuada antes do Verão deste ano. O 500 com motor a combustão ainda é fabricado em Marrocos, mas estas unidades destinam-se a outros mercados, uma vez que as suas especificações não estão de acordo com as normas europeias.

Quando optou por descontinuar a produção do 500 com motor a combustão, a Fiat decidiu conceber uma nova versão híbrida com base no 500 eléctrico. Essencialmente, é um 500e com um motor EV e uma bateria mais pequenos, a que o construtor juntou um motor a gasolina, com a vantagem de poder ser construído em Turim (a partir do final de 2025), na fábrica de Mirafiori, juntamente com o 500e. A Fiat projecta investir 100 milhões de euros nesta linha de produção para fabricar ambos os modelos e passar a utilizar uma bateria mais performante.

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