Os últimos dias de Cristiano Ronaldo têm sido atribulados. Depois de chegar aos 900 golos na carreira no duplo compromisso com a Seleção Nacional, o jogador português voltou a falar sobre o Manchester United e teve resposta de Erik ten Hag, não conseguiu evitar o empate do Al Nassr contra o Al Ahli e acabou por ficar de fora do arranque da Liga dos Campeões asiática devido a uma infeção viral.

“O capitão do Al Nassr, Cristiano Ronaldo, não estava a sentir-se bem e foi diagnosticado com uma infeção viral. O médico da equipa confirmou que precisa de descanso e de ficar em casa. Como consequência, não viajou com a equipa para o Iraque. Desejamos uma rápida recuperação ao nosso capitão”, podia ler-se na nota emitida do clube que confirmou que o avançado seria baixa para Luís Castro na visita desta segunda-feira ao Al Shorta, em Bagdad, a contar para a primeira jornada da Liga dos Campeões asiática.

“O treinador do United não pode dizer que não vai lutar pela Premier.” Dois anos depois, Ronaldo continua a atirar contra Ten Hag

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Ainda assim, e mesmo com a certeza de que iria ajudar a equipa dentro de campo, Cristiano Ronaldo não deixou de ser um dos protagonistas do dia — e tudo graças a uma entrevista de Alex Telles, que este verão trocou o Al Nassr pelo Botafogo. Em conversa com o Globoesporte, o antigo lateral do FC Porto recordou a convivência com o português, que começou quando se cruzaram ainda no Manchester United, e contou pormenores da rotina do capitão da Seleção.

“É fora de série, gosta muito dos brasileiros. Quando estamos fora, os estrangeiros têm tendência para ficar mais juntos e ele, talvez por ser português, é muito próximo dos brasileiros. Acabámos por ter muito contacto. Para mim foi natural estar com ele todos os dias, conversar, rir, brincar, foi um privilégio partilhar três anos de balneário com o Cristiano Ronaldo, ver o que faz no dia a dia. É um exemplo, muito profissional”, começou por dizer.

Mais à frente, Alex Telles explicou que Ronaldo é um exemplo para os restantes jogadores até no momento das refeições. “Tem a refeição dele, a comida é diferente, o nutricionista chega já com o prato servido. Come coisas naturais, salmão, quinoa, abacate… E depois fica de olho no prato dos outros, na brincadeira. No início, a rapaziada ficava com receio de ir buscar a sobremesa, porque sabemos o quanto ele é fit, como gosta de se cuidar, e todos gostam de seguir bons exemplos. Ele come uma proteína depois do almoço e ao fim de 15 dias havia umas 20 proteínas na mesa. Todos pediram ao nutricionista, a ver se havia uma magia lá dentro”, contou o brasileiro.

Ora, era sem a magia de Cristiano Ronaldo que o Al Nassr defrontava esta segunda-feira o Al Shorta do Iraque, com Ghareeb a assumir o lugar vago no ataque ao lado de Mané e Talisca e Otávio e Brozovic a serem também titulares no meio-campo. Os sauditas abriram o marcador à passagem do quarto de hora inicial, por intermédio de Al-Ghannam (14′), mas acabaram por permitir o empate ainda antes da meia-hora e através de Dawood (24′) — e já nada mudou até ao fim.

O Al Nassr entrou em falso na Liga dos Campeões asiática e somou o segundo empate consecutivo, depois da igualdade de sexta-feira contra o Al Ahli, sendo que ainda esta semana volta a ter um dos principais desafios do Campeonato contra o Al Ettifaq de Steven Gerrard.