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Um esfaqueamento levado a cabo por um aluno de 12 anos na escola Básica da Azambuja — e que fez seis feridos — levou o chefe do Governo e o chefe de Estado a reagir e condenar o ataque. Marcelo Rebelo de Sousa diz que o acontecimento deve ser “devidamente apurado” e apela a uma “reflexão sobre a necessidade de educar para a paz”. Já Luís Montenegro assegura que se tratou de “um ato isolado” e um “fenómeno estranho à sociedade portuguesa”. O líder dos socialistas também já expressou o seu “total repúdio” pelo ataque.

Marcelo Rebelo de Sousa “lamenta e repudia o incidente esta tarde ocorrido” e defende que “nenhumas circunstâncias podem legitimar um tal ato de violência”. Na nota publicada no site da Presidência da República lê-se ainda que “a família, como a escola, a comunidade local e outras instituições essenciais para a nossa vida comum não podem ser dominadas pela violência, pela agressão, pela violação dos direitos das pessoas, de todas as pessoas, nem qualquer violação destes pode justificar a violência”.

“Isto foi um horror”. Aluno esfaqueia seis colegas em escola da Azambuja

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“Tudo devemos fazer para que comportamentos como o vivido hoje, envolvendo a agressão física a colegas, professor e outro trabalhador da escola, se não repitam. A situação deve ser devidamente apurada e merece não só a condenação, como a reflexão sobre a necessidade de educar para a paz, a concordia, a tolerância e a civilidade”, conclui o Presidente da República.

Já o primeiro-ministro recorreu à rede social X para expressar o seu desagrado: “Condeno nos termos mais veementes o ataque ocorrido na Escola Básica na Azambuja e faço votos de plena e rápida recuperação aos alunos feridos.”

“Tratou-se de um ato isolado e de um fenómeno estranho à sociedade portuguesa, mas que deve fazer refletir com sentido de responsabilidade todos os que atuam no espaço público. O Governo mantém empenho total na proteção dos cidadãos e das instituições estruturantes do nosso País, como é a escola”.

Em comunicado, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) também condenou “veemente qualquer ato de violência dentro ou fora de uma escola” e informa que “o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, entrou de imediato em contacto com a Diretora do Agrupamento para se inteirar da situação e mantém-se a acompanhar a evolução do estado de saúde dos alunos feridos, desejando-lhes a recuperação plena”, acrescenta-se na nota enviada às redações.

À esquerda, o líder dos socialistas também recorreu à rede social X para expressar o seu “total repúdio pelo ataque ocorrido hoje na Escola Básica da Azambuja”. “Aos alunos feridos, desejo rápidas melhoras e total recuperação. Manifesto a minha solidariedade a toda a comunidade escolar, partilhando da consternação face a este ato violento e inadmissível. A segurança das nossas crianças tem de estar acima de tudo”, lê-se ainda na publicação de Pedro Nuno Santos.

Por volta do início da tarde desta terça-feira, um aluno do 7.º ano da Escola Básica da Azambuja (com 12 anos e filho de uma professora de uma escola deste agrupamento), esfaqueou seis colegas. Um destes, também com 12 anos e do sexo feminino, foi enviado para o Hospital de Santa Maria. Segundo apurou o Observador, a aluna não corre perigo de vida. Os restantes feridos foram enviados para o hospital de Vila Franca de Xira.

A Polícia Judiciária está agora com o caso nas mãos, tendo interrogado durante esta tarde o aluno que cometeu o ataque. Segundo comunicado da direção desta escola, as ativades letivas serão retomadas com normalidade na quarta-feira.