Alguns membros do movimento Climáximo colaram cartazes na entrada da sede da empresa de produção de papel Navigator, em Lisboa, responsabilizando a empresa e também o governo pelas mortes provocadas pelos incêndios que lavram nas zonas norte e centro do país e que já provocaram quatro mortos. A ação de protesto foi anunciada pela próprio movimento Climáximo, num comunicado enviado às redações.

“Quem matou as pessoas em Albergaria-a-Velha?” e “Governos e CEOs mataram 3 pessoas ontem. Vais consentir ou vais resistir?” são alguns das frases que constam dos cartazes.

De acordo com o movimento, a sede da Navigator foi escolhida pela sua “responsabilidade acrescida nas mortes”, uma vez que, defendem os membros do Climáximo, não só é uma das empresas que mais emite gases com efeito de estufa – “que aquecem a atmosfera e provocam a crise climática” – como é também “a grande arquiteta da destruição da floresta autóctone portuguesa para a converter em eucaliptal inflamável para alimentar a indústria da celulose”.

Elementos do Climáximo partiram vidros e vandalizaram sede da Galp

Para o Climáximo, as mortes e a destruição destes incêndios que estão a devastar Portugal “são uma consequência direta da crise climática” e têm responsáveis: “os governos e as empresas, que há décadas sabiam que as suas ações de queima de combustíveis fósseis matariam pessoas, e decidem continuar a investir nesta indústria  de morte”.

Tal como já tinham feito anteriormente, os membros do movimentos apelam à desobediência civil. “É preciso disromper a normalidade para que este não seja o novo normal”, sublinham.

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