Podem os dois finalistas da penúltima final da Liga dos Campeões encontrarem-se na primeira partida que fazem na prova? Sim, no novo formato da competição podem. Depois de uma estreia promissora, com quase 30 golos em seis partidas, as críticas continuaram a acercar-se da nova Champions, mais por conta da quantidade de jogos que os jogadores fazem numa temporada, do que propriamente pelo formato em si. Embora ambos estejam relacionados.

O último nome a juntar-se à lista de críticos foi Rodri que, na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Inter, assumiu que os jogadores estão a ponderar fazer greve. “Se perguntar a qualquer jogador, ele dir-lhe-à que é uma opinião geral entre os jogadores, não é apenas a opinião do Rodri. Greve? Se as coisas continuarem assim, a certa altura não teremos outra alternativa. Mas não sei o que vai acontecer. Em todo o caso, é algo que nos preocupa porque somos nós que sofremos”, completou o médio internacional espanhol.

Na reedição da final de 2023, que os citizens venceram com golo de Rodri (1-0), os ingleses chegavam em melhor forma, em parte devido à forma de Haaland, que vinha com nove golos em quatro jogos. O Manchester City aproveitou esta partida para homenagear os Oasis, estreando um equipamento concebido como recordação do mítico álbum Definitely Maybe. Ainda assim, o reencontro entre Pep Guardiola e Simone Inzaghi prometia ser mais um grande desafio, com Lautaro Martínez a afirmar-se como a principal figura de uma equipa muito tática, bem ao estilo italiano.

Para este encontro, Rúben Dias e Bernardo Silva foram titulares no tetracampeão inglês, ao passo que Matheus Nunes sentou-se no banco. Nos italianos, Taremi, ex-jogador do FC Porto, foi titular e acompanhou Thuram na frente de ataque. Como é seu apanágio, o Manchester City assumiu o controlo da partida desde o início, mas encontrou pela frente um Inter compacto e pouco propenso ao erro. A primeira ocasião apareceu em cima da meia-hora de jogo, com Darmian a aproveitar um erro de Ederson para visar a baliza deserta, só que Gvardiol apareceu no momento certo e impediu o golo (29′).

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Essa ocasião teve o condão de abanar os ingleses, que dominaram a partida desde então. Na primeira vez que apareceu em destaque na partida, Haaland apareceu com perigo depois de um mau corte de Bastoni, rematou de fora da área, mas a bola saiu perto do poste (35′). Na jogada seguinte, Bernardo apareceu com perigo dentro da área e, com tudo para visar a baliza, falhou a bola (37′). Apesar dessa reação, o nulo continuou a imperar e De Bruyne regressou ao balneário com algumas queixas na coxa, o que não era animador para Guardiola.

A contrariedade ficou confirmada ao intervalo e o técnico espanhol foi forçado a lançar Gündogan e Foden, este último para o lugar de Savinho. Apesar das alterações, o Manchester City concedeu muito espaço na linha defensiva no arranque da segunda parte e o Inter quase aproveitou, não fosse Darmian escorregar na hora H (53′). Na primeira ocasião que teve no encontro, Foden recebeu dentro da área, junto à marca de penálti e obrigou Sommer a aplicar-se (69′). No lance seguinte, Gündogan ficou perto de faturar (70′).

Os citizens começavam, finalmente, a mostrar a sua força e, logo a seguir, Grealish recebeu de Rodri dentro da área, atirou forte, mas Darmian intrometeu-se e cortou para canto (72′). Já com Dumfries em campo, o neerlandês não precisou para desequilibrar pelo corredor direito, cruzou para a área e Mkhitaryan atirou por cima (76′). Sem conseguir encontrar espaço dentro da área, os ingleses apostaram na meia-distância e, num desses remates, Gvardiol obrigou Sommer a nova intervenção (79′). Na parte final e já com Doku no lugar de Bernardo, o croata voltou a aparecer, colocou a bola na cabeça de Gündogan que, em zona frontal, cabeceou para as mãos do suíço (89′). A fechar, o alemão voltou a surgir de cabeça, mas a bola saiu por cima (90+4′).

Com este resultado, Manchester City e Inter igualaram Bolonha e Shakhtar Donetsk com um ponto. Na próxima jornada, os ingleses, que visitam Alvalade em novembro, deslocam-se a casa do Slovan Bratislava, ao passo que os italianos vão receber o Estrela Vermelha.