Cientistas transferiram cerca de 300 corais marinhos do sul do Estado da Florida para a costa do golfo do Texas para investigação e restauro.
Investigadores das universidades Nova Southeastern [NSU] e Texas A&M – Corpus Christi transferiram os corais na quarta-feira para as instalações da primeira, em Dania Beach, de onde foram transportados para um aeroporto nas imediações e levados para o Estado do Texas.
Foram tomados cuidados extremos para o transporte, disse a investigadora da NSU Shane Wever.
As instalações da NSU dedicadas à investigação da vida marinha servem de berço, de infantário, para os corais, onde são guardados, tratados para recuperação e devolvidos ao oceano.
A NSU tem partilhado os corais com outras universidades, como a de Miami, a Florida Atlantic e a do Estado do Texas, bem como com a Fundação para a Restauração do Coral.
Apesar da importância dos corais, é fácil para as pessoas que vivem em terra esquecerem-se da importância das coisas que estão nos oceanos, disse a investigadora Keisha Bahr, da Universidade Texas A&M – Corpus Christi.
“Os corais servem uma quantidade elevada de diferentes propósitos”, acentuou Bahr. “Antes de mais, protegem a nossa linha costeira, em particular aqui na Florida, da energia das ondas e da erosão costeira. Também nos fornecem muita da alimentação que obtemos dos oceanos. E são berço de uma grande quantidade de organismos”, especificou.
Temperaturas oceânicas extremamente elevadas causaram um branqueamento generalizado dos corais em 2023, destruindo-os no Florida Keys, o arquipélago de ilhas tropicais no sul do Estado.
Os investigadores da Texas A&M – Corpus Christi recorreram à NSU quando os seus parceiros nas Keys deixaram de conseguir fornecer corais para as suas investigações.
O condado de Broward foi poupado à maioria do branqueamento ocorrido em 2023, pelo que o berço ‘offshore’ da NSU tem corais saudáveis para disponibilizar.
“Estamos a perder corais a um ritmo alarmante”, disse Bahr. “Perdemos cerca de metade dos nossos corais nas últimas três décadas. Precisamos de garantir que vamos continuar a ter estas ‘meninas’ no futuro”.
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