Depois da profunda análise aos subsídios classificados como ilegais pelo World Trade Organization (WTO), atribuídos pelo Estado chinês aos construtores locais, e de a União Europeia (UE) anunciar que pretendia taxar adicionalmente esses veículos entre 17,4% e 38,1%, consoante o nível dos incentivos recebidos pelo Governo, seguiu-se um período de extensas negociações entre os representantes europeus e chineses. Mas o acordo não foi atingido e a UE deverá votar ainda em Setembro a aprovação destas medidas.
Todos os veículos eléctricos provenientes da China terão de suportar este novo imposto adicional à chegada à Europa, inclusivamente os que ostentam emblemas de construtores europeus ou norte-americanos. E se os Governos americanos e canadianos optaram por aplicar um imposto adicional de 100%, em cima do que já anteriormente era praticado, a União Europeia optou por fazer oscilar o imposto adicional entre 9% (para a Tesla, que entretanto baixou para 7,8%) e 38,1% (para as marcas chinesas que não cooperaram com a investigação, com a Geely, que inclui Volvo e Polestar, a descer de 19,9% para 18,8% e a SAIC, que inclui a MG, a baixar de 36,6% para 35,3%), passando pelas taxas intermédias de 17,4% e 20,8%. Isto em cima dos 10% aplicados até aqui.
Taxas sobre Tesla e Mini chineses caem 56% e 43%. Mas há quem caia menos
A serem aprovados os novos impostos ainda durante o mês de Setembro, as medidas começarão a penalizar os eléctricos chineses a partir de 1 de Novembro. Isto partindo do princípio que a votação consegue uma maioria qualificada, que só pode ser anulada se pelo menos 15 países, em representação de 65% dos habitantes da UE, votar contra a implementação da medida, que já foi aprovada pelos 27.