A decisão da agência Fitch de melhorar de “estável” para “positiva” a perspetiva associada ao rating da República Portuguesa faz “antecipar”, diz o Governo, “possíveis subidas no rating de Portugal”, o que, em teoria, irá contribuir para custos de financiamento mais baixos no mercado de dívida.

Além da Fitch, a dívida portuguesa também recebeu, recentemente, comentários favoráveis por parte de outra agência, a Scope. Os comentários da Fitch têm, ainda assim, implicações mais importantes, já que essa é uma das principais agências de notação de financeira do mundo e uma das quatro reconhecidas pelo BCE.

“Na sua análise, a Fitch destaca o progresso contínuo na redução da dívida pública, o compromisso com a política orçamental prudente e a continuação do processo de desalavancagem externa”, refere o Ministério das Finanças em comunicado emitido neste domingo. “A agência salienta ainda a resiliência do mercado laboral, o aumento do rendimento disponível e o investimento, como fatores que contribuirão para o crescimento da economia”, acrescenta o comunicado.

Para o Governo, esta decisão, que é anunciada em plena negociação do próximo Orçamento do Estado, “demonstra a confiança no desempenho da economia portuguesa e o reconhecimento do trabalho que está a ser feito pelo Executivo no sentido de garantir o equilíbrio das contas públicas e a redução sustentada da dívida pública”.

Tal como o Governo tem defendido, é possível adotar medidas do lado da receita e da despesa, mantendo excedentes orçamentais. As previsões económicas e orçamentais de várias instituições internacionais estão alinhadas com as do Governo, nomeadamente antecipando excedentes orçamentais para os próximos anos”, afirma o Ministério das Finanças.

A agência Fitch decidiu manter o rating de Portugal inalterado em A-, mas reviu em alta a perspetiva para “positiva”,

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