O presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, mostrou preocupação pela “sobrelotação do Estabelecimento Prisional de Aveiro”, afirmando que tem “o triplo da população prisional”, foi revelado esta sexta-feira.

Ribau Esteves, que se reuniu na quinta-feira com a ministra da Justiça, Rita Júdice, e com a secretária de Estado da Justiça, Maria José Barros, mencionou a cadeia como um dos principais problemas pendentes, de acordo com a autarquia.

O presidente da Câmara de Aveiro assume como prioridade “o fim da sobrelotação”, porque o Estabelecimento Prisional “tem o triplo da população prisional”, sendo Aveiro “uma das piores prisões do país”.

“Camaratas de uma têm três pessoas e camaratas de três têm nove pessoas, ou seja, [o estabelecimento prisional] tem o triplo da população, o que obviamente não são condições admissíveis”, criticou.

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Ribau Esteves admite que Aveiro “deve ter uma prisão na distribuição dos serviços prisionais do país”, mas maior, adiantando que a câmara já disponibilizou terrenos para a construção, com várias soluções alternativas.

Numa lógica de boa gestão do país, Aveiro deve ter uma prisão maior, com melhores condições e noutro local, porque aquele não serve”, comentou.

Encravado na Universidade e no centro da cidade de Aveiro, o estabelecimento prisional de Aveiro há muito que está para ser substituído por uma nova construção, mas a decisão ainda não foi tomadas por sucessivos governos.

De acordo com informação disponível na página de Internet da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, a cadeia de Aveiro tem uma lotação de 82 lugares.

O estabelecimento destina-se essencialmente a reclusos preventivos à ordem dos tribunais das Comarcas de Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Oliveira do Bairro, Ovar, Mealhada, Mira, Sever do Vouga, Vagos e Vale de Cambra.