O fenómeno não é assim tão raro, mas é a primeira vez em décadas que a Terra tem duas luas a pairar na sua órbita. Uma mini-lua temporária, chamada 2024 PT5 e proveniente da cintura de asteroides de Arjuna, juntou-se ao satélite natural da Terra este domingo e não se vai já embora.
A força da gravidade terrestre é a explicação para a atração desta mini-lua, sendo que Raul de La Fuente Marcos e Carlos de La Fuente Marcos, investigadores do estudo publicado na revista “American Astronomical Society”, preveem que esta segunda lua permaneça na órbita terrestre até 25 de novembro.
???????? Entre el cometa del segle i les dos llunes, estos dies hem d'estar pendents del cel. https://t.co/aNfDMd5Z3q
— À Punt Oratge (@apuntoratge) September 29, 2024
A baixa velocidade do asteróide – cerca de 3.540 quilómetros por hora – é o motivo pelo qual a força da gravidade é suficiente para atrair temporariamente a mini-lua. Segundo os investigadores, “nestas condições, a energia geocêntrica do objeto pode tornar-se negativa e transformar-se numa lua temporária da Terra”.
Em termos de consequências imediatas, o asteróide 2024 PT5 não constitui perigo maior para a Terra por ser demasiado pequeno e débil. Ainda assim, a equipa de la Fuente tenciona realizar observações espectroscópicas e fotométricas do objeto para melhor determinar a sua composição e comportamento.
Do 29 ao 25 de novembro, a gravidade da Terra capturará o pequeno asteroide 2024 PT5, que se move ao seu arredor con complicadas traxectorias. O planeta terá unha "minilúa" que, segundo algúns expertos, podería ser un fragmento da superficie lunar
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A observação a olho nu da mini-lua não é possível, sendo que há mesmo a possibilidade de o asteróide também não ser visível com alguns telescópios, conforme indicam os cientistas: “O objeto é demasiado pequeno e ténue para os típicos telescópios e binóculos amadores”. Estima-se que a atual segunda lua da Terra tenha apenas 10 metros de diâmetro e seja necessário um telescópio com um diâmetro de pelo menos 30 polegadas. E deve regressar, segundo previsão dos investigadores, em 2055.