O líder parlamentar do PSD acusa o PS de ser opor “radicalmente” ao IRS Jovem e à redução do IRC, num “finca pé” que, admite, se tem “vindo a agudizar nas últimas semanas”. Na abertura das jornadas parlamentares conjuntas de PS e PSD, Hugo Soares deixou uma acusação àquele que definiu como parceiro preferencial: “Durante um mês e meio o PS, andou a enganar o PSD e o país, criando uma expectativa de que havia hipótese de negociar duas medidas do programa de Governo”. O líder da bancada social-democrata, ainda não atirou, no entanto, a toalha ao chão e voltou a pedir recato aos deputados e para fazerem “tudo aquilo que é possível fazer para impedir uma crise política”.

Demonstrando que ainda tem esperança num acordo, Hugo Soares deixa a pergunta ao PS: “Que diabo, será assim tão difícil entendermo-nos quanto à baixa de impostos?” Para o líder parlamentar do PSD “só por capricho ou taticismo eleitoral, falta de capacidade de colocar o interesse nacional acima de qualquer interesse partidário é que não há como não haver entendimento.”

O líder parlamentar do PSD lembra ainda que “ninguém no país conhece o Orçamento” e que aquilo que já se conhece é resultado de uma aliança entre Chega e PS. Por isso, acusa, “não deixa de ser curioso que os dois partidos que já compuseram uma parte substancial do OE2025, sejam aqueles que mais resistências, para não dizer inflexibilidade total têm mostrado à viabilização de um OE que é, para já, só do Chega e do PS.”

E enumera essas medidas. “Sabemos que o OE2025 prevê uma redução do IRS, redução de impostos sobre as pessoas e as famílias, redução acentuada que não era a que nós queríamos, mas a que foi escolhida pelo Chega e o PS, que deixou de fora a classe média”, começa por dizer Hugo Soares. O também secretário-geral do PSD lembra ainda mais duas medidas que vão ter de estar no OE que são da responsabilidade destes dois partidos: “A extinção das portagens e as isenção e reduções do IVA da eletricidade”.

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