Cristina Gatões, ex-diretora nacional do agora extinto SEF, foi ouvida em tribunal no julgamento relativo à morte do cidadão ucraniano Ihor Homeniuk, em março de 2020.

No testemunho, que aconteceu na sexta-feira passada e que é relatado pelo jornal Diário de Notícias (DN) na edição desta segunda-feira, a responsável do SEF revelou que não teve motivos para desconfiar que a morte do cidadão ucraniano se devesse a outra causa que não morte natural.

Segundo o DN, Cristina Gatões disse ainda que nunca se deu conta da investigação que foi iniciada na semana a seguir ao óbito. Além disso, afirmou que teve conhecimento da investigação da Polícia Judiciária (PJ) por uma notícia da TVI, já a 29 de março de 2020. Na altura, foi avançado que três inspetores do SEF eram suspeitos da morte de Ihor.

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Cristina Gatões referiu ainda que não tinha acesso ao email para onde foi encaminhada a informação sobre a PJ estar a investigar o caso. “Não era eu que acedia a esse email”, cita o DN. “Era o meu gabinete. Mandavam para mim os emails muito urgentes e relevantes”.

Esta foi a primeira vez em que a então diretora nacional do SEF testemunhou sobre este caso.

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