O ataque do Irão a Israel acabou por criar mais um momento de tensão entre Telavive e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Tudo começou com a reação do antigo primeiro-ministro português à operação de retaliação do regime de Teerão à morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, num bombardeamento israelita executado na sexta-feira contra o quartel-general do grupo libanês em Beirute.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, recorreu ao X para voltar a apelar a um cessar-fogo no Médio Oriente, na sequência do ataque do Irão contra Israel. “Condeno a expansão do conflito no Médio Oriente com escalada após escalada. Isto tem de parar”, escreveu Guterres.
I condemn the broadening of the Middle East conflict with escalation after escalation.
This must stop.
We absolutely need a ceasefire.
— António Guterres (@antonioguterres) October 1, 2024
Uma frase que não foi suficientemente contundente para Israel, que deixou críticas muito fortes ao líder da ONU. “Nós condenamos a sua incapacidade de construir uma frase em que responsabilize o Irão por disparar 181 mísseis balísticos contra 10 milhões de civis israelitas”, escreveu a conta oficial do Estado de Israel na mesma rede social.
We condemn your inability to string together a tweet which holds Iran responsible for firing 181 ballistic missiles at 10 million Israeli civilians.@antonioguterres https://t.co/5MLYbYqLlz
— Israel ישראל (@Israel) October 1, 2024
Crítica semelhante foi feita pelo embaixador de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon, que considerou dececionante a posição tomada por Guterres. “Na sua declaração, basicamente ignorou o agressor e apenas falou da escalada”, acusou.