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O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, garantiu que é possível evitar “uma guerra total” no Médio Oriente, apesar da troca de ataques entre Irão e Israel, um aliado norte-americano.
“Não creio que haja uma guerra total. Penso que podemos evitá-la. Mas ainda há muito a fazer”, disse Biden, na quinta-feira, aos jornalistas.
Questionado sobre se enviaria tropas norte-americanas para ajudar Israel, o chefe de Estado disse que os EUA já apoiou Telavive.
“Vamos proteger Israel”, sublinhou Biden.
O Irão lançou na noite de terça-feira 200 mísseis contra Israel, em retaliação pelos assassínios do líder do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do grupo xiita libanês Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano.
As Forças de Defesa de Israel disseram que a maioria dos mísseis foi intercetada com o apoio dos Estados Unidos.
Mais cedo na quinta-feira, Biden disse estar em conversações com Israel sobre um eventual ataque a instalações petrolíferas iranianas.
O Presidente garantiu que Israel não iria tomar qualquer medida de retaliação na quinta-feira e deixou claro que os Estados Unidos apenas se limitam a dar conselhos ao seu principal aliado no Médio Oriente, de que são o maior fornecedor de armas.
“Em primeiro lugar, nós não permitimos o que quer que seja a Israel. Nós aconselhamos Israel. E nada vai acontecer hoje” (quinta-feira), sublinhou Biden.
Os comentários surgem um dia depois do chefe de Estado ter afirmado opor-se a ataques israelitas contra instalações nucleares iranianas.
“A resposta é não”, disse à comunicação social o Presidente, inquirido sobre se apoiaria uma ação desse tipo por parte de Israel.
“Estamos de acordo os sete que os israelitas têm o direito de retaliar, mas devem responder de forma proporcional”, acrescentou, referindo-se aos outros líderes do G7, o grupo dos países mais industrializados do mundo, composto, além dos Estados Unidos, por Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido, embora a União Europeia também esteja representada.
O Irão avisou os países da região de que considerará inimigos aqueles que cederem o seu espaço aéreo a Israel para uma eventual retaliação ao ataque de terça-feira e apelou aos Estados Unidos para não interferirem.
A ofensiva ocorreu num contexto de tensões acrescidas na região, depois de Israel ter enviado tropas para o sul do Líbano para combater o grupo xiita Hezbollah, aliado do Irão.
Segundo as autoridades libanesas, os bombardeamentos israelitas já provocaram a morte de cerca de duas mil pessoas e deixaram um milhão de desalojados.
Por outro lado, Israel continua a ofensiva contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
Pelo menos três pessoas morreram e várias ficaram feridas num bombardeamento de uma casa em Deir al Balah, no centro da Faixa de Gaza, noticiaram esta sexta-feira meios de comunicação palestinianos locais.