O presidente do Chega afirmou, esta sexta-feira que dois dos cidadãos assassinados em Lisboa foram candidatos pelo partido em Alenquer e que vai reportar às autoridades “partilhas e informações”, apesar de não ter qualquer evidência de motivações políticas.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, André Ventura afirmou que o casal assassinado no triplo homicídio ocorrido na quarta-feira, na Penha de França, em Lisboa, era constituído por dois “apoiantes do Chega”, que foram “candidatos nas listas do partido à Assembleia Municipal de Alenquer”.

Nós não temos nenhuma evidência até agora de que o crime que foi levado a cabo tenha tido qualquer motivação política – não obstante algumas mensagens, informações e partilhas que faremos chegar à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à Polícia Judiciária (PJ) durante as próximas horas”, afirmou.

André Ventura alegou que “nos últimos dias e últimas semanas” o seu partido tem sido “alvo permanente de ameaças, quer com origem nas redes sociais ou em contactos de natureza digital” e acrescentou que o partido vai contactar a PJ para “garantir que tem toda a informação disponível para perceber as motivações deste homicídio e o que levou a que esta circunstância acontecesse e porque é que a narrativa deste homicídio se está a politizar”.

O líder do Chega sublinhou, várias vezes, que não tem qualquer evidência que aponte para motivações políticas mas considerou que “esta circunstância não pode ser descartada”.

Na quinta-feira, durante o debate quinzenal no parlamento, o presidente do Chega associou a comunidade cigana ao aumento da criminalidade violenta, mas o primeiro-ministro recusou-se a olhar para o crime por grupo étnico, embora se tenha manifestado preocupado com o crescente sentimento de insegurança.

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