Dois concertos da cantora portuguesa Mimicat são o destaque do programa da 16.ª Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa, que foi anunciado esta segunda-feira e arranca na quinta-feira.

Mimicat, que representou Portugal no Festival Eurovisão da Canção em 2023 e lançou o terceiro álbum, “Peito”, em setembro, vai atuar na sexta-feira e no domingo na Doca dos Pescadores da região chinesa.

O primeiro dia de espetáculos, 18 de setembro, inclui ainda atuações da cantora angolana ‘Noite e Dia’, da cantora cabo-verdiana Paulinha, do ‘rapper’ da Guiné Equatorial Negro Bey, do grupo timorense Nabilan e da China Broadcasting Performing Arts Troupe.

A companhia chinesa irá tocar o tema popular português ‘Canção do Mar’, celebrizado por Dulce Pontes, revelou esta segunda-feira numa conferência de imprensa a secretária-adjunta do Fórum de Macau, Xie Ying.

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A Semana Cultural é organizada pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau), com apoio das associações das comunidades lusófonas na região.

No segundo dia sobem também ao palco o duo local Winnie Lam x Ten, o grupo Tuna Macaense, o grupo de percussão brasileiro Trio Manari, a orquestra da Guiné-Bissau Unidos por uma Causa, a cantora moçambicana Neyma e o cantor são-tomense Ibaguay.

Além de três dias de música e dança, o programa inclui, entre 18 e 22 de outubro, uma mostra gastronómica com os ‘chefs’ Nário Tala (Angola), Martinho Moniz (Portugal), Maria das Dores (São Tomé e Príncipe), Delfina Maria Baptista Guterres (Timor-Leste) e a macaense Ana Manhão, que irão ainda dar workshops de culinária.

Os macaenses são uma comunidade euro-asiática, composta sobretudo por lusodescendentes, com raízes no território.

Haverá uma feira de artesanato com artistas de todos os países de língua portuguesa, entre 17 e 20 de outubro, e tendas com produtos lusófonos.

Xie Ying disse que na sexta-feira vão ser exibidos na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau cinco documentários, incluindo o moçambicano ‘A Natureza dos Homens e dos Animais’ e o português ‘Minha Terra Minha Gente’.

Os documentários serão depois mostrados em outras escolas da região, acrescentou a dirigente.

“Adicionámos novos elementos, como a mostra de cinema, para atrair mais jovens para participar no evento e aumentar a nossa visibilidade”, disse à Lusa o secretário-geral do Fórum de Macau, Ji Xianzheng, sobre o programa que inclui ainda duas ‘flash mobs’.

Entre 21 de outubro e 24 de novembro, vai estar patente no Complexo da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa uma exposição de obras do fotógrafo brasileiro Luiz Bhering, do artista local Wilson Chi Ian Lam e de Maria Madeira, que está a representar Timor-Leste na Bienal de Veneza.

A este evento vai seguir-se o 6.º Encontro em Macau — Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa, que inclui o Festival da Lusofonia, onde vão atuar o português Fernando Daniel e o angolano Yuri Cunha.

Ji Xianzheng disse que estas atividades “podem ser coordenadas como parte do intercâmbio cultural” entre a China e os países lusófonos.

A Semana Cultural terá um orçamento de 11,5 milhões de patacas (1,31 milhões de euros), “semelhante ao do ano passado”, disse à Lusa o coordenador do Gabinete de Apoio ao Secretariado Permanente do Fórum Macau, Vincent U U Sang.