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O músico e ator norte-americano Jared Leto, vocalista da banda Thirty Seconds to Mars, está a ser criticado pelo governo ucraniano por ter manifestado o desejo de ir “festejar” à Rússia depois da guerra e de ter elogiado a “energia russa” num concerto. Kiev acusa Leto de querer agradar a Moscovo.
As declarações polémicas foram feitas na semana passada durante um concerto em Belgrado, na Sérvia. De acordo com o The Telegraph, Jared Leto dirigiu-se para a plateia do espetáculo dizendo que sentia a “energia russa” e perguntando aos espetadores: “Quantos de vocês são originalmente da Rússia?”
“Tivemos saudades vossas, pessoal. Vocês sabem disso”, gritou ainda Jared Leto. “Digo-vos que, um dia, quando todos estes problemas terminarem, vamos visitar-vos na vossa terra natal. Vamos voltar à Sérvia, vamos até São Petersburgo, vamos até Moscovo, vamos descer até Kiev, vamos festejar e estar com toda a gente da forma certa.”
Jared Leto’s "feeling the Russian energy" and his wish to perform in Russia is an insult to those sacrificing lives to defend freedom.
There can be no appeasement for Russia when it continues its attempts to solve "problem" of Ukraine’s very existence.
???? @United24media pic.twitter.com/XDUB7bBCjk
— MFA of Ukraine ???????? (@MFA_Ukraine) October 13, 2024
As palavras de Jared Leto foram muito mal recebidas em Kiev e levaram mesmo o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia a emitir um comunicado com duras críticas ao ator norte-americano.
“O ‘sentimento da energia russa’ de Jared Leto e o seu desejo de atuar na Rússia é um insulto àqueles que estão a sacrificar as suas vidas para defender a liberdade”; diz o comunicado. “Não pode haver um apaziguamento para a Rússia enquanto esta continuar a tentar resolver o ‘problema’ da própria existência da Ucrânia.”
No passado, como lembra o The Telegraph, Jared Leto fez várias declarações a favor da Ucrânia no contexto do conflito com a Rússia.
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Desde o início da guerra em larga escala entre a Rússia e a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, já morreram ou ficaram feridos cerca de um milhão de pessoas.