O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse, esta terça-feira, que as injeções para emagrecer (as mesmas que são usadas para tratar a diabetes) podem contribuir para “ajudar a economia e o serviço de nacional de saúde”. E podem mesmo ser administradas a desempregados que sofram de obesidade para que regressem ao mercado de trabalho, caso estejam incapacitados para o fazer.

“Eu penso que esses medicamentos podem ser muito importantes para a economia e para a saúde”, sublinhou Keir Starmer, no programa BBC Breakfast emitido esta terça-feira. O primeiro-ministro frisou que o semaglutido, vendido em nomes como Ozempic ou Wegovy, pode ser muito “útil para as pessoas que querem e que precisam de perder peso”.

Isso é, segundo explicou Keir Starmer, “muito importante para a economia, para que as pessoas possam voltar ao trabalho”. “E é muito importante para o NHS [serviço nacional de saúde britânico], porque, como digo, precisamos de mais dinheiro para o NHS, mas temos de pensar de forma diferente”, complementou o primeiro-ministro do Reino Unido.

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O pontapé de saída para esta ideia foi dado pelo ministro da Saúde, Wes Anderson. Num artigo de opinião no jornal Telegraph publicado esta segunda-feira, o governante argumentou que a obesidade é um “fardo significativo para o serviço de saúde” e custa ao NHS 11 mil milhões de libras por ano (cerca de 13 mil milhões de euros). “Está a atrasar a nossa economia. A obesidade leva a que as pessoas tirem mais quatro dias de baixa em média, enquanto muitos são mesmo obrigados a deixar de trabalhar.”

Neste sentido, o ministro da Saúde acredita que os medicamentos para emagrecer podem ter “benefícios a longo prazo” para os cidadãos e na “abordagem” do Reino Unido no combate a obesidade. “Para muitas pessoas, essas injeções para emagrecer mudar-lhes-á a vida, ajudá-las-á a regressar ao trabalhar e diminuirá a procura no serviço nacional da saúde”, rematou Wes Anderson.

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