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A morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, criou “a oportunidade” de acabar com a guerra em Gaza, defendeu esta quinta-feira a vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, enquanto o chefe de Estado, Joe Biden, apelou à libertação dos reféns.

Este momento dá-nos uma oportunidade de finalmente acabar com a guerra em Gaza, e ela deve acabar de tal forma que Israel esteja seguro, os reféns sejam libertados, o sofrimento em Gaza acabe e o povo palestiniano possa alcançar o seu direito à dignidade, segurança, liberdade e autodeterminação”, reagiu Kamala Harris, também candidata democrata às presidenciais norte-americanas de novembro, num evento de campanha na Universidade de Wisconsin-Milwaukee.

Joe Biden afirmou que a morte do líder do Hamas por tropas israelitas representa um “bom dia para Israel, para os Estados Unidos e para o mundo”, e avaliou o momento como uma “oportunidade” para libertar os reféns detidos pelo Hamas e acabar com a guerra na Faixa de Gaza, iniciada há um ano.

Num comunicado publicado pela Casa Branca, Biden recorda que Sinwar foi o “mentor dos massacres, violações e raptos de 7 de outubro” e que foi sob as suas ordens que “os terroristas do Hamas invadiram Israel para, intencionalmente, e com uma selvageria indiscritível, matar e massacrar civis”. O dia foi até comparado ao Holocausto, sendo o “dia mais mortal para os judeus” desde esse período.

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“Sinwar é o maior responsável por isso e por muito do que se seguiu”, pode ler-se na nota oficial, onde é dito que este é um “dia de alívio” comparado ao dia em que “o presidente Obama ordenou o ataque para matar Osama Bin Laden em 2011”.

Joe Biden disse também que agora há a “oportunidade para um ‘dia seguinte’ em Gaza sem o Hamas no poder” e para “um acordo político que traga um futuro melhor para israelitas e palestinianos”. “Yahya Sinwar era um obstáculo intransponível para atingir todos esses objetivos. Esse obstáculo já não existe. Mas ainda há muito trabalho pela frente”, concluiu.

Israel confirmou esta quinta-feira que matou o principal líder do Hamas e mentor dos ataques de 7 de outubro de 2023, Yahya Sinwar, o homem mais procurado do grupo islamita palestiniano na ofensiva israelita na Faixa de Gaza.

A confirmação oficial surgiu após informações anteriores terem dado conta da elevada probabilidade de um dos mortos resultantes de uma operação de rotina do Exército israelita, na quarta-feira na Faixa de Gaza, ser Yahya Sinwar.

O alto dirigente do Hamas tinha ascendido à liderança do grupo palestiniano após a morte de Ismail Haniyeh, num ataque israelita em Teerão no final de julho.