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O Conselho Europeu instou esta quinta-feira o grupo das sete maiores economias mundiais (G7) a “honrar o compromisso” de um empréstimo de 45 mil milhões de euros para apoiar a Ucrânia e a concretizar as promessas de disponibilização de armamento.
De acordo com as conclusões da reunião do Conselho Europeu desta quinta-feira, divulgadas em Bruxelas durante a tarde, os 27 países da União Europeia (UE) apelaram ao G7 (Alemanha, Canadá, França, Estados Unidos da América, Japão, Itália e Reino Unido — a UE também está representada no grupo) para “honrar o compromisso” estabelecido durante uma reunião realizada em junho de 2024.
O compromisso em questão são 45 mil milhões de euros (50 mil milhões de dólares) em empréstimos que permitirão à Ucrânia continuar a fazer face à invasão russa, iniciada há quase três anos.
A suportar o apoio que cabe ao bloco comunitário, cerca de 35 mil milhões de euros do montante global, estão as receitas extraordinárias obtidas a partir dos ativos congelados do Banco Central da Rússia.
Este empréstimo excecional de assistência macrofinanceira, em conjunto com eventuais contribuições dos países, será disponibilizado até ao final de 2024 e desembolsado até ao final de 2025, mediante compromissos democráticos e políticos.
Neste momento, os 27 países do bloco político-económico têm cerca de 200 mil milhões de euros em bens congelados do Banco Central da Rússia, na sequência das sanções que impuseram e Bruxelas quer utilizar as receitas geradas por esses bens para cobrir parte do empréstimo do G7.
Nas conclusões divulgadas esta quinta-feira, a UE também quer que os países que se comprometeram com a disponibilização de armamento para a Ucrânia concretizem essa promessa.
A UE ainda tem prevista uma entrega de um milhão de munições de artilharia até ao final do ano. O bloco comunitário falhou a entrega dessas munições até ao final de 2023 e prolongou até dezembro deste ano.
A última informação disponível indicava que até meio do ano os países tinham alcançado 500.000 munições, mas chegaram ao final de 2023 com 330.000. Ou seja, meio ano depois a UE só alcançou mais 170.000 munições de artilharia.
Nas conclusões da cimeira desta quinta-feira também foi incluído um parágrafo a reiterar que a cedência de equipamento militar e armamento e os limites à sua utilização por parte da Ucrânia têm de ser feitos “em total respeito das políticas de segurança e defesa” dos Estados-membros que os disponibilizam, e “tendo em conta os interesses” dos 27.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.