“Totalmente paritária” e sem membros do Governo. É assim a nova Comissão Política Nacional do PSD, apresentada este sábado pelo presidente do partido, Luís Montenegro, durante o 42.º Congresso a decorrer em Braga, em que a grande novidade é Leonor Beleza, a ex-ministra de Cavaco Silva. Os restantes órgãos nacionais do PSD são votados este domingo de manhã.

A Leonor Beleza juntam-se na, Comissão Permanente, Rui Rocha, Lucinda Dâmaso, Alexandre Poço, Carlos Coelho e Inês Palma Ramalho. Apenas esta última se mantém do núcleo duro que cessa agora funções. Os ministros Paulo Rangel, Miguel Pinto Luz, Margarida Balseiro Lopes e António Leitão Amaro abandonam, por sua vez, a vice-presidência da comissão — que deixa de ter nomes do Executivo — e passam a ser vogais, grupo que inclui ainda outros dois nomes do Governo: Pedro Reis e Joaquim Miranda Sarmento. A lista de vogais fica completa com os nomes de Filomena Sintra, Germana Rocha, Helena Teodósio e Ermelinda Carvalho.

Na sua intervenção, Luís Montenegro destacou a paridade da Comissão e justificou a retirada dos seus ministros dos cargos de vice-presidente. “Creio que não há vantagens em duplicar o núcleo político do Governo no núcleo político do partido e há muitas vantagens em ter vice-presidentes cujo perfil, características e capacidade podem ser uma das melhores formas de aconselhamento do presidente do partido que também é primeiro-ministro”, afirmou, acrescentando que isto não “dissocia [os ministros] das responsabilidades partidárias”. “Registo como um sinal de unidade, espírito de equipa e humildade no trabalho político que todos aqueles que eram vice-presidentes ou equivalentes passem a ser vogais”, argumentou.

Além dos nomes para a Comissão Política Nacional, o primeiro-ministro anunciou que Hugo Soares continuará no cargo de secretário-geral, enquanto o presidente da região autónoma da Madeira, Miguel Albuquerque, vai manter a presidência da Mesa do Congresso, mantendo o líder da região autónoma dos Açores, José Manuel Bolieiro como vice-presidente. Nas candidaturas da direção aos restantes órgãos, Carlos Moeda lidera a lista ao Conselho Nacional — competindo com outras três listas.

Outra surpresa foi a escolha da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, para encabeçar a lista ao Conselho Nacional de Jurisdição do PSD, órgão ao qual se candidata apenas uma outra lista.

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