14 minutos. Samu só precisou de 14 minutos para marcar três golos ao AVS, ainda durante a primeira parte, e assinou o hat-trick mais rápido do FC Porto nos últimos 30 anos: na verdade, é preciso recuar a 1993/94 para encontrar um registo melhor, quando Emil Kostadinov marcou três golos ao Sp. Braga no espaço de 12 minutos.

Se há um Samu a valer por três, também há um Martim a jogar o triplo (a crónica do AVS-FC Porto)

Com os três golos marcados na Vila das Aves esta segunda-feira, o avançado espanhol tornou-se o jogador mais rápido dos últimos 77 anos a chegar aos dez golos pelo FC Porto — só precisou de nove jogos, aproximando-se do registo que ainda estava em vigor, de Diógenes, que em 1946/47 fez dez golos em sete partidas. Samu já leva 11 e, no fim de outubro, já melhorou o registo goleador da temporada passada, onde marcou nove entre Granada e Alavés.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Também do ponto de vista individual, a goleada do FC Porto contra o AVS trouxe a estreia a marcar de Rodrigo Mora, que fechou as contas já perto do apito final. O jovem avançado de apenas 17 anos entrou na segunda parte e ainda foi a tempo de fazer o quinto e último golo, tornando-se o quarto mais novo a marcar pelos dragões, apenas atrás de Fábio Silva, Rúben Neves e Serafim.

Já depois do fim do jogo, na zona de entrevistas rápidas, Vítor Bruno fez uma breve análise à partida. “Foi um jogo muito sério, muito adulto, de uma equipa que quis muito ganhar desde o primeiro minuto. E depois, como disse e bem, apesar de se colocar em vantagem cedo, procurou sempre mais e mais. Essa é uma busca incessante que nós temos de ter. Respeitando muito o adversário, olhando para ele com os olhos certos, é uma equipa que tem individualmente muita valia e coletivamente não tinha sofrido golos nos últimos três jogos em casa”, começou por dizer o treinador, que somou a quarta vitória consecutiva.

“Isso é uma demonstração de alguma força da nossa parte. Agora, não passa disso. Um jogo, ganhámos. olhar para o próximo. Quinta-feira, mais uma competição diferente, queremos muito chegar longe. Este está arrumado, deixado para trás. Agora olhar já para o de quinta-feira”, acrescentou Vítor Bruno, que já tem mais dois pontos e mais dez golos marcados, para além de menos dois sofridos, do que Sérgio Conceição tinha na mesma altura da temporada passada.

[Já saiu o quinto e último episódio de “A Grande Provocadora”, o novo podcast Plus do Observador que conta a história de Vera Lagoa, a mulher que afrontou Salazar, desafiou os militares de Abril e ridicularizou os que se achavam donos do país. Pode ouvir aqui, no Observador, e também na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube. E pode ouvir aqui o primeiro episódio, aqui o segundo, aqui o terceiro e aqui o quarto episódio .]

O treinador dos dragões justificou ainda a saída de Nehuén Pérez, já na segunda parte, indicando que o central teve “um ligeiro incómodo”. “De forma prudente lançámos o Zé Pedro para aquecer. Deixámos mais um pouco na segunda parte, ele foi transmitindo sensações, nada que tenha agravado, mas sentimos que era mais sensato da nossa parte tirá-lo e meter o Zé Pedro em jogo”, terminou.