O Parlamento Europeu termina, esta quinta-feira, as primeiras audições aos comissários indigitados pelos Estados-membros, avaliando nomeadamente a capacidade para o desempenho das pastas que a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, lhes atribuiu.

Até agora, apenas o incumbente húngaro Oliver Várhely — que passa da atual pasta da Vizinhança e Alargamento para a da Saúde e Bem-Estar Animal — terá de responder por escrito a dúvidas dos eurodeputados, uma vez que não convenceu os parlamentares avaliadores na primeira audição.

Na tarde desta quinta-feira, decorrem nas respetivas comissões parlamentares do Parlamento Europeu as audições do polaco Piotr Serafin (Orçamento, Luta Antifraude e Administração Pública) e do letão Valdis Dombrovskis (Economia e Produtividade Simplificação e Execução).

Na quarta-feira, Maria Luís Albuquerque passou na audição para a pasta dos Serviços Financeiros e União de Poupança e Investimento.

Nova comissária. Como Maria Luís convenceu a larga maioria dos eurodeputados em Bruxelas (mas não Catarina Martins nem João Oliveira)

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

À exceção de Várhely, passaram na prova parlamentar os restantes comissários indigitados já avaliados, como foi o caso do neerlandês Wopke Hoekstra (Clima, Neutralidade Carbónica e Crescimento Limpo) e da eslovena Marta Kos (Alargamento), ambos confirmados esta manhã.

Na lista também constam a belga Hadja Lahbib (Preparação para Crises e Gestão de Crises e Igualdade), a sueca Jessika Roswall (Ambiente, Resiliência Hídrica e Economia Circular Competitiva), o lituano Andrius Kubilius (Defesa e Espaço), o cipriota Costas Kadis (Pescas e Oceanos), o checo Joseph Síkela (Parcerias Internacionais), a croata Dubravka Suica (Mediterrâneo), o dinamarquês Dan Jorgensen (Energia e Habitação) e o austríaco Magnus Brunner (Administração Interna e Migração).

Ainda dentro do executivo comunitário liderado por Ursula von der Leyen está o irlandês Michael McGrath (Democracia, Justiça e Estado de Direito), a búlgara Ekaterina Zaharieva (Empresas em Fase de Arranque, Investigação e Inovação), o eslovaco Maros Sefcovic (Comércio e Segurança Económica Relações Interinstitucionais e Transparência), o luxemburguês Cristophe Hanses (Agricultura e Setor Alimentar), o grego Apostolos Tzitzikostas (Turismo e Transportes Sustentáveis) e o maltês Glenn Micaleff (Equidade Intergeracional, Juventude, Cultura e Desporto).

Na próxima terça-feira estão marcadas as “provas orais” dos seis candidatos a vice-presidentes executivos: a espanhola Teresa Ribera (Transição Limpa, Justa e Competitiva), a finlandesa Henna Virkkunen (Soberania Tecnológica, Segurança e Democracia), a estónia Kaja Kallas (Negócios Estrangeiros e Política de Segurança), a romena Roxana Mînzatu (Pessoas, Competências e Preparação), o italiano Raffaele Fitto (Coesão e Reformas) e o francês Stéphane Séjourné (Prosperidade e Estratégia Industrial).

A decisão final sobre os comissários designados será anunciada a 21 de novembro pela Conferência de Presidentes do Parlamento Europeu (organismo que junta os líderes das bancadas parlamentares e a presidente da instituição, Roberta Metsola).

O novo colégio de comissários europeus será submetido a uma votação derradeira numa sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, que irá decorrer de 25 a 28 de novembro.