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O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, esteve, esta quarta-feira, reunido com o seu sucessor, Donald Trump, na Sala Oval, na Casa Branca, para discutir o processo de transição de poder entre as suas administrações. O encontro terminou por volta das 18h00 e durou cerca de duas horas, sendo que o republicano já saiu da Casa Branca.

No início do encontro, em declarações transmitidas pelas televisões, Donald Trump comentou que a política “era dura e em muitos casos não é um mundo muito agradável, ainda que neste dia seja bonita”, agradecendo a Joe Biden “profundamente” pela transição pacífica: “Será a mais suave de sempre”. Em resposta, o Chefe de Estado em funções agradeceu: “De nada”. Antes disso, o ainda Presidente congratulou o republicano pela vitória nas eleições presidenciais de 5 de novembro.

Após a reunião, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse que os dois líderes tiveram uma reunião importante e uma “troca de pontos de vista”. “Discutiram assuntos de segurança nacional que enfrentam a nação e o mundo, assim como assuntos de política interna”, detalhou a responsável. Os dois líderes também falaram sobre uma “lista de afazeres para o Congresso, incluindo a atribuição de fundos aos governos e de fundos suplementares que o Presidente pediu”.

Citada pela CNN Internacional, Karine Jean-Pierre indicou que Joe Biden reiterou ainda o “que já tinha dito ao Presidente eleito no dia após das eleições e ao povo norte-americano: haverá uma transição pacífica e ordeira do poder”. 

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O encontro foi “muito cordial, muito gracioso e substantivo”, adjetivou Karine Jean-Pierre, realçando que Joe Biden estava “certamente ansioso pelo encontro, apreciou a conversa e respondeu a perguntas que o Presidente eleito tinha, oferecendo os seus pontos de vista”. Donald Trump foi “agradável”, explicou a porta-voz da Casa Branca, salientando que o atual Presidente vai “manter a linha de comunicação aberta ao Presidente eleito”.  

Já Jake Sullivan, o conselheiro de segurança nacional, detalhou que o Presidente cessante “sublinhou a sua opinião de que o apoio contínuo dos EUA à Ucrânia” é do “interesse de segurança nacional”. Além disso, o responsável mandou um “sinal” à equipa de transição sobre a importância de um acordo para a libertação de reféns que ainda se mantém na Faixa de Gaza.

Por sua vez, a ainda primeira-dama Jill Biden entregou, durante a reunião, uma “carta escrita à mão”, congratulando Donald Trump pela vitória nas eleições de 5 de novembro. A mulher de Joe Biden expressou a “prontidão da sua equipa para a assistência na transição” de poder.

A mulher de Donald Trump, Melania Trump, informou que não estaria presente na reunião, recusando o convite endereçado por Jill Biden. No X (antigo Twitter), a primeira-dama eleita escreveu: “O regresso do meu marido à Sala Oval para começar o processo de transição é encorajador e desejo-lhe um grande sucesso”.

Donald Trump chegou por volta das 09h30 (hora local) a Washington D.C. O encontro estava marcado para as 11h00 (mais cinco horas em Lisboa). Antes disso, o Presidente eleito encontrou-se com congressistas republicanos, tendo feito uma piada sobre concorrer a um terceiro mandato.

“Não é bom ganhar? É bom ganhar. É sempre bom ganhar”, afirmou aos congressistas Donald Trump, segundo a NBC. “Suspeito que não vou concorrer outra a não ser que digam ‘ele é tão bom, precisamos de pensar noutra coisa'”.

Em 2020, este encontro não existiu, uma vez que Donald Trump não convidou Joe Biden para uma reunião para debater a transição de poder. A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, frisou, numa conferência de imprensa na terça-feira, que o ainda Presidente “acredita nas normas, acredita nas instituições e acredita numa transição pacífica de poder”. “É a norma. É o que deve acontecer.”