O Governo inscreveu 265,1 milhões de euros para o novo hospital do Oeste no Orçamento do Estado (OE) para 2025, de acordo com uma nota do Ministério da Saúde entregue ao parlamento.
“O Governo, em 2025, adota as diligências necessárias para assegurar os procedimentos para a construção e equipamento de quatro infraestruturas hospitalares”, entre as quais consta o novo hospital do Oeste, é referido na proposta de OE2025 entregue na Assembleia da República em 10 de outubro.
Numa nota explicativa do OE2025 enviada mais tarde ao parlamento, o Ministério da Saúde esclareceu que se encontram inscritos 265,1 milhões de euros para o novo hospital do Oeste.
“O atual Governo previu pela primeira vez no Plano Plurianual do Serviço Nacional de Saúde uma dotação de 265 milhões de euros para a construção do novo hospital do Oeste e isto é positivo”, reagiu na semana passada o deputado do PSD Marco Claudino no parlamento, para lembrar a seguir que “falta concretizar e definir em definitivo a sua localização” pelo atual Governo.
Em outubro, numa reunião com os 12 autarcas da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Oeste, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, assegurou que o concurso para a infraestrutura hospital deverá ser lançado “durante o primeiro semestre de 2025”.
Na altura, o presidente da CIM Oeste, Pedro Folgado (PS), disse à agência Lusa que “se vai construir o hospital”, mas que o Ministério da Saúde não tinha ainda decidido sobre a localização do novo equipamento, nem sobre o modelo de financiamento.
Isso apesar de, em julho, o parlamento ter recomendado ao governo que “assegure a construção e funcionamento do novo hospital público do Oeste no decorrer da atual legislatura” e que decida o método de financiamento “antes da discussão do Orçamento do Estado para 2025”.
A construção do novo hospital do Oeste consta da ‘Pasta de Transição’ entregue pelo governo socialista liderado por António Costa ao atual primeiro-ministro, o social-democrata Luís Montenegro.
O perfil assistencial e a localização foram aprovados em junho de 2023, “estando em estudo o modelo de financiamento”, que foi entregue à consultora PricewaterhouseCoopers (PWC) em fevereiro deste ano.
O novo hospital deverá cingir a área de influência a Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã, excluindo Nazaré e as freguesias de Alcobaça e Mafra atualmente servidas.
A decisão do anterior executivo de se construir o futuro hospital no Bombarral, num terreno de 54 hectares, teve em conta a sua centralidade em relação aos concelhos que vai servir e a dimensão do terreno que permite a expansão da nova unidade, se tal vier a ser necessário.
A escolha do Bombarral foi ainda sustentada em critérios de acessibilidade, como a proximidade à saída 11 da Autoestrada 8 (que atravessa todo o Oeste) e à estação do caminho-de-ferro.
O novo hospital deverá substituir as atuais unidades de Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche da Unidade Local de Saúde do Oeste, que servem 300 mil habitantes dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.
Governo reserva 45 milhões para a nova maternidade de Coimbra
O Orçamento de Estado (OE) para 2025 reserva 45 milhões de euros para a construção da nova maternidade de Coimbra, cuja obra deverá ser lançada no próximo ano, referiu o Ministério da Saúde.
A construção da nova maternidade, cujo processo se arrasta há anos, que vai substituir as duas atualmente existentes na cidade de Coimbra, é um dos cinco grandes investimentos plurianuais do Governo para o próximo ano, que somam um investimento de 893 milhões de euros.
Fonte da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra confirmou esta quarta-feira à agência Lusa que o concurso para a construção da nova maternidade será lançado em fevereiro de 2025, com um investimento previsto de cerca de 55 milhões de euros (já com IVA incluído).
A nova maternidade, que será construída no perímetro dos Hospitais da Universidade de Coimbra, é há muito reclamada na região, tendo sofrido vários atrasos ao longo do tempo (em 2021, chegou a ser apontada a sua inauguração para 2024, e, em 2023, esperava-se que o concurso pudesse ser lançado no primeiro trimestre de 2024).
No dia 28 de outubro, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, considerou que a construção de uma nova maternidade em Coimbra é “uma necessidade absoluta” para a Região Centro e lembrou que está identificada como prioridade no relatório do Orçamento do Estado.
“A maternidade em Coimbra não é só um sonho de há muito tempo. É uma necessidade absoluta para a região Centro”, sublinhou.
À margem da cerimónia de assinatura pública dos memorandos de entendimento para a implementação do programa “Be a Mom” no Serviço Nacional de Saúde, que decorreu em Coimbra, Ana Paula Martins referiu que “ficou claro” no relatório do Orçamento do Estado que “a maternidade em Coimbra é uma prioridade”.