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O líder do Hezbollah, Naim Qassem, recusou esta quarta-feira aceitar qualquer acordo de cessar-fogo que viole a soberania do Líbano, enquanto Israel afirmou querer manter a “liberdade de ação” contra o grupo pró-iraniano.
“Israel não pode impor-nos as suas condições”, afirmou o responsável, exigindo “o fim total da agressão e a preservação da soberania do Líbano”.
Num discurso pré-gravado, Qassem argumentou que “o inimigo israelita não pode entrar no território libanês quando quiser” em caso de cessar-fogo, assim como informou que o grupo terá como alvo “o centro de Telavive”, em resposta aos recentes ataques israelitas contra a capital Beirute.
Israel “atacou o coração da capital Beirute e, por isso, deve esperar uma retaliação no centro de Telavive”, declarou.
Na terça-feira, o Ministério da Saúde libanês informou que quase 30 pessoas morreram e mais de uma centena sofreu ferimentos na sequência de ataques das forças israelitas nas últimas 24 horas.
Segundo dados das autoridades libanesas, dez pessoas morreram e outras 36 ficaram feridas na província de Nabatiye, no sudeste do país.
Outras nove pessoas morreram e outras 39 ficaram feridas na província do sul, enquanto mais nove morreram e 32 ficaram feridos em Beirute.
Com o mais recente balanço, pelo menos 3 mil 544 pessoas morreram no Líbano vítimas dos ataques israelitas no último anos, das quais cerca de 2 mil 500 são homens, mais de 670 são mulheres e mais de 230 são menores.
De acordo com números partilhados pelas autoridades de saúde libanesas nas suas redes sociais, um total de 214 profissionais de saúde morreram vítimas dos ataques israelitas, enquanto quase 320 outros ficaram feridos. Por outro lado, mais de 130 unidades de saúde sofreram danos.
Do lado israelita, 77 pessoas foram mortas em ataques lançados a partir do Líbano, das quais 46 eram civis (seis dos quais estrangeiros).
Além disso, 43 soldados foram mortos em combate no sul do país vizinho, o último dos quais um reservista, que foi morto esta quarta-feira num ataque de “drones” do Hezbollah no sul, segundo o exército.
Israel desencadeou uma incursão militar terrestre no Líbano, em 1 de outubro, após várias semanas de intensos bombardeamentos aéreos e ataques contra o país, incluindo a explosão coordenada de milhares de dispositivos de comunicação utilizados pelo grupo xiita libanês pró-iraniano, após mais de 11 meses de fogo cruzado com o Hezbollah na zona fronteiriça.
O Hezbollah iniciou ataques contra o norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao Hamas, um dia depois de um ataque do grupo extremista palestiniano ter desencadeado (a 7 de outubro de 2023) uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza.