O mercado europeu continua anémico, tendo registado em Outubro um incremento de somente 1,1% na venda de veículos novos, no que é uma magra consolação depois do comportamento dos últimos meses. O Grupo Volkswagen, tradicionalmente líder no Velho Continente, foi quem sustentou o volume de vendas, comercializando 248.535 unidades, mais 16,7% do que no ano anterior, em que transaccionou 212.943 veículos. Já a Stellantis, o maior concorrente da Volkswagen, viu o volume de vendas cair 16,9%, de 157.625 em 2023 para 130.986 unidades este ano.
O crescimento do Grupo Volkswagen em Outubro fez-se à custa da Seat, cujo volume de vendas aumentou 63,3%, sendo acompanhada pela Skoda (+26,7%), Volkswagen (+20,5%) e Cupra (19,6%). Abaixo das expectativas estiveram a Porsche, a crescer apenas 2,6%, e a Audi, que caiu 11,1%.
Na Stellantis, grupo que vendeu 130.986 unidades, tudo correu sobre rodas para a Peugeot, que transaccionou 49.866 unidades, mais 12,5% do que em 2023. O que correu mal a este grupo liderado pelo português Carlos Tavares foi o facto de as restantes marcas não acompanharem a performance do construtor do leão, com a Opel a cair 2,1% (26.218), um desempenho ainda assim melhor do que o da DS (2763 unidades e -7,1%), Jeep (10.339 e -10,9%), Alfa Romeo (3245 e -19,3%), Citroën (19.649 e -35,4%) e Fiat (17.577 e -46,2%), com a Lancia a registar apenas 877 carros novos, o que corresponde a redução de 79,3%.
Comparativamente, o Grupo Renault, que transaccionou 94.149 veículos, passou quase incólume à redução da procura no mercado europeu. As suas vendas sofreram um corte de 1,5%, com a Renault a perder 0,4% (51.421), a Dacia 2,8% (42.466) e a Alpine 4,7% (262). Atrás dos franceses surge o Grupo Toyota, com 74.033 unidades e um crescimento de 17,4% (a Toyota aumentou as vendas em 15,3% e a Lexus em 52%), com o grupo sul-coreano Hyundai Motors (65.633 e -11,9%) a encerrar o top 5, tendo a Hyundai caído 6,1% e a Kia 17,3%.
O top 10 ficou completo com a adição dos grupos alemães de luxo. O Grupo BMW vendeu 60.832 unidades e cresceu 4,7%, com a marca BMW a aumentar o volume de vendas em 10,2% e a Mini a tropeçar 20,8%. O construtor da Munique bateu o seu rival de Estugarda, o grupo Mercedes (47.815 e -1%), com a Mercedes a crescer 3,9% e a Smart a cair 96%.
Em Outubro, apenas 30,8% dos europeus adquiriram veículos a gasolina, com somente 10,9% a revelarem preferência pelos motores a gasóleo. As unidades motrizes híbridas lideraram a procura na UE, com 33,3%, com os veículos 100% eléctricos a atrair 14,4% das vendas. Cada vez menos menos populares estão os veículos com mecânicas híbridas plug-in, que no passado mês não ultrapassaram 7,7% do mercado.
