Um, dois, três, quatro. Max Verstappen continua a dominar a Fórmula 1 e, depois de uma temporada em que os rivais pareciam bem mais perto, sagrou-se tetracampeão. Tudo aconteceu em Las Vegas, no passado domingo, a dois Grandes Prémios do término da época. Aos 27 anos, o neerlandês continua a mostrar que é um dos melhores pilotos que já passou pelo desporto automóvel e na origem do sucesso estarão os seus… genes. Filho um antigo piloto da Fórmula 1, Jos Verstappen, e de uma antiga campeã no automobilismo, Sophie-Marie Kumpen, terá sido aí que começou a senda vitoriosa do número 1.

E é precisamente a mãe que tem dado que falar. Nascida em Hasselt, na Bélgica, a 30 de outubro de 1974, Sophie é filha de Robert Kumpen, antigo presidente do Genk, irmã de Paul Kumpen, antigo piloto de rali e tia de Anthony Kumpen, piloto da Nascar. Deste modo, o desporto automóvel esteve sempre presente na vida de Sophie que, aos 11 anos, chegou aos karts. Com uma carreira entre as Fórmulas A e K e o Super A, Kumpen foi bem sucedida e chegou a ser apontada como a primeira mulher a vencer um Grande Prémio.

Sagrou-se campeã belga aos 16 anos, mas a maior vitória da sua carreira acabou por ser a conquista do Troféu Andrea Margutti, na Fórmula A, em 1995, onde derrotou o bicampeão da especialidade, Jarno Trulli. Ao longo dos anos 90, Sophie competiu (e venceu) contra nomes como Jenson Button, Nick Heidfeld, Trulli, Giancarlo Fisichella ou Christian Horner, atual diretor da Red Bull. “Competi contra ela em 1989, no Mundial júnior de kart. Nessa prova estavam pilotos muito talentosos, como Magnussen, Trulli, Fisichella ou Dario Franchitti. Ela estava entre os dez melhores pilotos do mundo“, assumiu o chefe de Verstappen.

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Já Button, que ganhou a Fórmula 1 em 2009, lembrou que, quando estava nos karts, “era companheiro de equipa” de Sophie. “Vi como ela pilotava e sei que ela era muito boa. Sophie, a mãe do Max, era uma piloto fantástica”, frisou. Em 1996, Sophie conheceu Jos Verstappen, casou-se com ele e abandonou o desporto para se concentrar em criar os filhos Max e Victoria Jane. O casamento acabou por terminar em 2008 e, em 2013, Kumpen regressou ao automobilismo na Formido Swift Cup. Contudo, a passagem não foi bem sucedida, já que a piloto fraturou um vértebra em Zadvoort, depois de se ter despistado. A partir daí acabou em definitivo com a carreira e, atualmente, é assistente social em Maaseik, na Bélgica.

“Queria chegar à Fórmula 1. Já tinha experimentado alguns carros, mas casei com o pai do Max e tive que tomar uma decisão. Ele era piloto de Fórmula 1 e viajávamos muito. Abandonei o meu sonho, mas agora divirto-me muito a ver que o meu filho faz o que eu queria”, partilhou a mãe do campeão do mundo numa entrevista.