Passados sete anos das primeiras alegações sobre a imprópria conduta sexual do ex-apresentador e jornalista norte-americano Charlie Rose, o processo de assédio sexual avançado por três mulheres foi arquivado esta quinta-feira. As ex-funcionárias do canal CBS News declararam que Rose “não tinha más intenções” e que as suas ações “podem estar sujeitas a interpretação”.
Os termos da resolução do processo não foram divulgados, mas a Associated Press avança que Katherine Brooks Harris, Sydney McNeal e Yuqing Wei — as três mulheres — mudaram de ideias durante a troca de provas na fase preliminar do julgamento, revelando que este momento “permitiu conhecer melhor o ponto de vista de ambos os lados“. O julgamento tinha data marcada para a próxima segunda-feira, em Nova Iorque, anos depois de discussão sobre as acusações.
“Refletindo sobre o assunto, e depois de termos tido o benefício da troca de informação, apercebemo-nos de que pessoas diferentes poderiam interpretar o comportamento de formas diferentes e, por isso, resolvemos as queixas”, afirmaram as mulheres. “Não atribuímos qualquer mau motivo ou má intenção a Charlie Rose”, concluíram.
Em pleno auge do movimento “#MeToo” nos Estados Unidos da América, em 2017, o anfitrião do programa This Morning foi acusado de “comportamentos predatórios” e “assédio sexual flagrante e repetido”. Oito mulheres alegaram ter sido vítimas destas atitudes de Charlie Rose, o que acabou por conduzir ao seu despedimento da televisão norte-americana e ao seu cancelamento na esfera pública, apesar do pedido de desculpas emitido pelo apresentador.
Apresentador e jornalista norte-americano Charlie Rose acusado de assédio sexual