Sete jornadas, sete vitórias. O Benfica venceu todos os jogos para o Campeonato desde que Bruno Lage substituiu Roger Schmidt e não perde qualquer ponto desde que empatou com o Moreirense, no final de agosto, naquele que foi o último encontro do treinador alemão.

Tomás, o técnico oficial de contas que faz a matemática de Lage dar sempre resultado certo (a crónica do Arouca-Benfica)

Os encarnados venceram este domingo em Arouca e aproveitaram a derrota do Sporting frente ao Santa Clara, encurtando para cinco pontos a distância para a liderança dos leões — sendo que ainda têm um jogo em atraso, que será cumprido a 19 de dezembro na Choupana, contra o Nacional. A equipa de Bruno Lage leva agora quatro vitórias consecutivas, entre Campeonato, Taça de Portugal e Liga dos Campeões, e marcou 16 golos nesse mesmo período.

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Depois do apito final, na zona de entrevistas rápidas, o treinador encarnado sublinhou a importância da vitória. “Era uma viagem muito difícil. Em jeito de brincadeira, quase que apetece dizer que demorámos mais tempo a chegar a Arouca do que a chegar ao Mónaco. Sabíamos das dificuldades deste jogo. Um adversário com muita qualidade, que gosta de ter bola, e a saída deles obrigou-nos a ter uma pressão diferente, com um jogador como o David Simão. Acho que defensivamente estivemos muito bem e ofensivamente marcámos dois golos que nos garantiram os três pontos. Acho que o resultado se ajusta pela forma como encarámos o jogo, com mentalidade de Champions”, começou por dizer, afastando a ideia de uma possível “quebra” depois do jogo com o Mónaco a meio da semana.

“Não tem a ver com quebra, tem a ver com as deslocações, os adversários difíceis. Sair de um jogo e entrar noutro demora algum tempo. Tivemos um jogo muito semelhante e foi com essa mentalidade que vencemos também em Faro. Agora é perceber o que a equipa precisa de ouvir. E hoje era isto. Vestir o fato-macaco, ser uma equipa trabalhadora, forte na pressão, que não podia deixar o Arouca ter bola. Acho que o fizemos e depois soubemos marcar os nossos golos”, acrescentou Bruno Lage.

Mais à frente, o treinador encarnado não quis intensificar a ideia deixada na antevisão, quando disse que o objetivo do Benfica é terminar o ano de 2024 no segundo lugar do Campeonato. “O nosso objetivo é continuar. Vencer os jogos até ao final do ano. Tínhamos isso como objetivo e vamos continuar assim. O primeiro classificado perdeu pontos, podemos alcançá-los e temos de vencer os jogos. Disse duas palavras lá dentro à equipa: Vitória de Guimarães, Vitória de Guimarães e Vitória de Guimarães”, atirou, antecipando desde já a deslocação aos vimaranenses no próximo fim de semana.

Por fim, Lage ainda teve tempo para garantir que a equipa vai “arranjar soluções” para a ausência de Kökçü, que viu o quinto cartão amarelo e vai falhar a próxima jornada, e abordar a boa exibição de Tomás Araújo. “Está a fazer o percurso dele e estamos muito satisfeitos com o rendimento dele, assim como o do Otamendi e o do António [Silva]. Para mim, é a decisão mais difícil, ter de escolher dois centrais. Temos três jogadores internacionais num nível muito alto. Neste momento, a postura do António tem sido enorme”, terminou.