A Jaguar tinha tudo planeado mas, como por vezes acontece mesmo às melhores estratégias, também esta correu mal. A revelação das primeiras imagens do novo GT estavam agendadas para amanhã, em simultâneo com a presença na Miami Art Week, mas a realidade é que 11 fotografias escaparam para a Internet e… aqui estão elas.

Seja esta uma fuga organizada (ou não) pelo construtor, o certo é que o Jaguar GT ainda é um protótipo, sendo previsível que a sua carroçaria sofra algumas modificações até ser finalmente produzido em série, o que só acontecerá em 2026.

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O interesse deste concept reside no facto de a Jaguar ter anunciado que revelaria a linguagem estilística dos futuros modelos da marca, o que é particularmente importante, uma vez que o construtor suspendeu a produção da actual gama de modelos a combustão e até de eléctricos, como o I-Pace, o que significa que está preparado para perder uma “montanha” de dinheiro durante dois anos, enquanto prepara a nova gama e as fábricas para a produzir.

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Polémica. Jaguar “mata” o jaguar e muda de imagem

Depois de um rebranding muito polémico, a Jaguar arrisca-se a assustar alguns dos clientes da marca com a estética do novo modelo. Não por ser um coupé de dimensões generosas com um capot à frente enorme e um habitáculo muito chegado atrás, mas sim pelas suas linhas maciças, uma frente imponente e uma traseira sem vidro posterior, bom para passageiros que não sejam claustrofóbicos. Sucede que os capots compridos eram uma necessidade dos carros de antigamente, para alojar motores potentes e com muitos cilindros. Na época dos veículos eléctricos é apenas um desperdício de espaço, a menos que a marca o dote com uma bagageira frontal, a conhecida frunk.

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Se o modelo é imponente, há pormenores que são mais difíceis de compreender, a começar pelas imensas grelhas na frente e na traseira. Sem qualquer necessidade prática, pois os veículos eléctricos não têm tanta necessidade de ar para refrigerar a mecânica ou, neste caso, as baterias, as grelhas parecem-se em demasia às protecções frontais dos aparelhos de ar condicionado, o que tão pouco se coaduna com um veículo de luxo. Ainda mais difícil de aceitar, para muitos clientes, será o facto de o modelo surgir pintado de cor-de-rosa, pois embora esta possa ser a cor favorita de Gerry McGovern, o responsável pelo estilo da Jaguar, o mais provável é que não agrade ao cliente tipo da marca e, muito menos, à família real britânica, que tem na Jaguar um dos seus principais fornecedores de veículos oficiais.

O Jaguar GT previsto para 2026, e concebido com base neste protótipo, será um eléctrico com 644 km de autonomia e um preço que, em Inglaterra, rondará 130.000 libras, ou seja, próximo dos 157 mil euros. Depois deste GT, espera-se que a Jaguar lance mais dois modelos nos 18 meses seguintes.