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"Há qualquer coisa prestes a acontecer" e muitos dilemas morais: cinco espetáculos para ver em dezembro

No último mês do ano chegam algumas das mais antecipadas estreias da temporada e peças que esgotam por onde passam. Do teatro à dança, eis os destaques de dezembro de norte a sul do país.

“Prelude”, com direção de Kader Attou, no Teatro Viriato, Viseu a 13 de dezembro
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“Prelude”, com direção de Kader Attou, no Teatro Viriato, Viseu a 13 de dezembro

“Prelude”, com direção de Kader Attou, no Teatro Viriato, Viseu a 13 de dezembro

“A Colónia”

De Marco Martins | Culturgest, Lisboa, 5 a 14 de dezembro

No verão de 1972, filhos de presos políticos do regime salazarista frequentaram uma colónia de férias nas Caldas da Rainha. A história, insólita, foi retratada numa reportagem de investigação no jornal Expresso e inspirou o realizador e encenador Marco Martins para o mais recente espetáculo.

O criador foi à procura destas crianças que, há mais de 50 anos, durante duas semanas, brincaram pela primeira vez em conjunto e em liberdade. O que encontrou foi um rasto de opressão da ditadura que marcou de forma indelével quem cresceu com uma ideia de solidão como único modo de vida. A que soa a liberdade quando só se conhece a clandestinidade?, parece perguntar esta peça, com cenografia de Isabel Cordovil e João Romão e desenho de luz de Nuno Meira. A música — que se impõe como determinante para contar a história — é assinada por B Fachada e João Pimenta Gomes, e conta com o Coro Infantil e Juvenil Lisboa Cantat e jovens do Conservatório Do Vale Do Sousa.

Auditório Emílio Rui Vilar, Culturgest, Lisboa. 5 a 14 de dezembro. Sexta, às 21h, e sábado, às 19h. Bilhetes a €16.

“Há qualquer coisa prestes a acontecer”

De Victor Hugo Pontes | Teatro Aveirense, Aveiro, 6 de dezembro

Ainda no âmbito das celebrações dos 50 anos de 25 de Abril de 1974, o coreógrafo Victor Hugo Pontes propõe-se, mais do que olhar apenas para o passado ou celebrar a história recente de um país livre, a olhar para diante e vislumbrar o caminho a percorrer.

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Em Aveiro, mostra pela primeira vez a criação que rouba o título ao verso da canção Inquietação, de José Mário Branco. Despidos, os intérpretes confrontam-nos o que nos move, o que nos assusta, o que nos ameaça, o que nos transforma, o que nos condiciona, o que nos liberta. Não há palavras de ordem ou gritos de alerta. E, no entanto, Há qualquer coisa prestes a acontecer.

Teatro Aveirense, Aveiro. 6 de dezembro. Sexta-feira, às 21h30. Bilhetes a 7,5€. 

“A Médica”

De Robert Icke | Teatro da Trindade, Lisboa, 11 de dezembro a 16 de fevereiro de 2025

Piedade Lobbo recusa a entrada de um padre no quarto onde uma rapariga está a morrer devido a um aborto mal feito. Eis senão quando a gravação da discussão entre a médica e o padre vai parar à internet e viraliza nas redes sociais. São questões morais e éticas, mas também religiosas e políticas aquelas que o palco convoca.

A Médica é a abordagem de Ricardo Neves-Neves ao texto que o dramaturgo inglês Robert Icke escreveu a partir de Professor Bernhardi, de Arthur Schnitzler. Encabeçado por Custódia Gallego, o elenco completa-se com Adriano Luz, Maria José Paschoal, Rita Cabaço, e Sandra Faleiro.

Teatro da Trindade, Lisboa. 11 de dezembro a 16 de fevereiro de 2025. Quarta-feira a sábado, às 21h. Domingo, às 16h30. Bilhetes de €12 a €20.

“Prelude”

De Kader Attou | Teatro Viriato, Viseu, 13 de dezembro

Longe da euforia da rentrée, o Teatro Viriato guardou uma das joias da sua programação para o fim do ano. Prelude, do coreógrafo francês Kader Attou, passa por Viseu numa tour internacional que se estende por 2025 — e que chegará ao Festival d’Avignon.

Julie Cherki

Numa récita única em Portugal, Attou, com a sua companhia, Accrorap, mostra o resultado do desafio lançado a dez bailarinos profissionais de hip-hop da Région Sud (Provence-Alpes-Côte-d’Azur): levar a dança hip-hop onde menos se espera. A música, que acompanha a fisicalidade dos bailarinos, é de Romain Dubois.

Teatro Viriato, Viseu. 13 de dezembro. Sexta-feira, às 21h. Bilhetes a €7,50

“Telhados de Vidro”

De David Hare | Teatro Sá da Bandeira, Porto, 20 a 22 de dezembro

Depois de récitas esgotadas no Teatro da Trindade, em Lisboa, a peça de David Hare, encenada por Marco Medeiros, sobe ao Porto, para três sessões no Teatro Sá da Bandeira. O que explica um fenómeno de bilheteira num país em que a falta de práticas culturais é frequentemente notada?

FOTO: MÁRCIO PRATAS

Ajudará o reconhecimento público dos dois protagonistas em palco — os atores Benedita Pereira e Diogo Infante —, mas não será de menosprezar o realismo que durante uma hora e quarenta minutos assola o espectador, que assiste a um debate ideológico entre um homem e uma mulher. Questionam-se relações de poder, debatem-se temas como classe, geografia, poder, privilégio. Tópicos do tempo presente, dirão alguns. Mas, na verdade, a peça, cujo título original é Skylight, estreou-se em 1995, no National Theatre, em Londres. Tornou-se rapidamente numa das mais bem-sucedidas peças de David Hare e, por cá, arrisca-se a confirmar o sucesso: as datas no Casino Estoril, em janeiro e fevereiro, estão já lotadas.

Teatro Sá da Bandeira, Porto. 20 a 22 de dezembro. Sexta-feira e sábado, às 21h, domingo, às 16h30. Bilhetes de €12 a €20.

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