O Sporting de Braga vai pagar sete milhões de euros aos espanhóis do Málaga pelo internacional português de futebol Ricardo Horta, pondo fim a um conflito entre os dois clubes que terminou no Tribunal Arbitral do Desporto (TAS).

Além da verba a pagar pelos minhotos, em três anos, o Málaga terá direito a 50% da mais-valia de uma futura transferência do jogador, até ao máximo de 4,7 milhões de euros, informa ainda o clube minhoto em comunicado.

“Para se apurar a mais-valia, aplicar-se-á a percentagem referida sobre o valor da futura transferência, após dedução dos sete milhões de euros referidos acima, mecanismo de solidariedade e custos com eventual agente de futebol”, detalha.

O internacional português de 30 anos, a cumprir a nona temporada nos bracarenses (a primeira, em 2016/17, esteve emprestado pelo Málaga), é o melhor marcador da história do Sporting de Braga, com 128 golos – até ao momento – em 397 jogos oficiais, estando a apenas nove partidas de tornar-se no futebolista com mais partidas disputadas ao serviço dos bracarenses.

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Na origem do conflito, agora mediado pelo TAS, esteve uma alegada violação do acordo entre as partes aquando da aquisição do jogador, que ditava que o Sporting de Braga estava obrigado a informar e a aceitar propostas superiores a cinco milhões de euros, o que aconteceu, nomeadamente no verão de 2022, pelo Benfica, com uma verba de cerca de 17 milhões de euros, recusada pelos minhotos.

“O Sporting de Braga pagará sete milhões de euros ao Málaga, mediante um plano de pagamento a três anos, passando, a partir desta data, a ser o detentor da totalidade dos direitos económicos do jogador”, pode ler-se num comunicado dos arsenalistas.

Os minhotos lembram que “a transferência de Ricardo Horta do Málaga para o Sporting de Braga não teve custos de transferência associados, com o emblema espanhol a manter na altura 67% dos direitos económicos do jogador” e frisam que este acordo só foi alcançado após sugestão do TAS, aquando do início do julgamento, a 25 de setembro de 2024.

“Sublinhe-se que o Málaga reclamava, já com base em decisão prévia da FIFA, uma compensação conexa com o jogador Ricardo Horta que ascendia, à data, a 13 milhões de euros”, acrescentam.

O Sporting de Braga revela que, no início da audiência, os árbitros que constituíam o painel do TAS, “aludindo às boas relações institucionais entre clubes, convidaram os mesmos a tentar um entendimento amigável, devido à extrema complexidade do caso e ao desfasamento da posição dos clubes, as quais poderiam provocar o prolongamento da audiência e da produção e análise das provas, dificultando um possível acordo futuro”.