Os grupos rebeldes sírios continuam a avançar no terreno em direção a sul, depois de terem tomado a cidade de Alepo, a segunda maior do país. Os rebeldes já chegaram às imediações da cidade de Hama, a cerca de 130 quilómetros de Alepo. Já na madrugada desta quarta-feira, as forças do regime sírio lançaram uma contraofensiva junto a Hama com o objetivo de travar o avanço dos rebeldes, noticia a agência France Press, citando o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Segundo esta organização não governamental, as forças do regime de Bashar Al Assad lançaram um contra-ataque” com apoio aéreo contra o grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS) e fações próximas da Turquia — que compõem a coligação rebelde. A contraofensiva foi bem sucedida, deixando os rebeldes a uma distância de 10 quilómetros de Hama, um cidade considerada estratégica e que já tinha sido um bastião da oposição no início da guerra civil síria, em 2011. A cidade foi depois reconquistada pelas tropas de Al Assad.
De acordo com o observatório, as forças governamentais — que foram enviadas esta terça-feira para aquela região — recuperaram o controlo de duas aldeias vizinhas, a norte de Hama. Entretanto, a agência noticiosa oficial síria Sana indicou que o Exército estava a prosseguir as operações contra “organizações terroristas” na província de Hama. A agência oficial acrescentou que “as unidades do Exército estão envolvidas em violentos confrontos” com os rebeldes no nordeste e noroeste da cidade.
Durante a noite, a televisão síria mostrou imagens de Hama onde se viram polícias e soldados em praças desertas. Segundo o OSDH, os combates também deslocaram “dezenas de famílias” de várias zonas do oeste e do norte da província de Hama.
Na sexta-feira, os rebeldes lançaram uma ofensiva surpresa contra as forças governamentais, tendo tomado a cidade de Alepo, no norte. Com o apoio da Rússia, o regime sírio bombardeou a cidade mas não conseguiu impedir o avanço dos rebeldes.