Um homem matou a tiro cinco pessoas, quatro delas perto de um campo de imigrantes a pouca distância de Dunquerque, no norte de França, e outra numa cidade próxima, informaram este sábado as autoridades.

Segundo o jornal Figaro, um homem de 22 anos, de nacionalidade francesa, entregou-se na esquadra da ‘gendarmerie’ de Ghyvelde alegando ser o alegado autor do tiroteio mortal, cujas motivações são ainda desconhecidas.

O Ministério Público francês abriu um inquérito aos acontecimentos. Já este domingo, as autoridades indicaram que o homem está sob custódia policial, por “homicídios, acompanhados ou seguidores de outro crime” e por “aquisição, posse, porte e transporte de armas”.

O primeiro alerta da polícia foi dado às 15h15 locais, menos uma hora em Lisboa, para uma primeira vítima mortal na cidade de Wormhout, na Flandres, entre Lille e Dunquerque. O homem, de 29 anos, foi encontrado “inanimado na via pública”, à porta de casa, com ferimentos de bala. Segundo a imprensa francesa era um gerente de uma empresa de transportes.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O segundo alerta foi dado por volta das 16h20, para possíveis feridos com ferimentos de bala em Loon-Plage, perto de Dunquerque. Segundo informações do presidente da Câmara Eric Rommel, à AFP, os quatro homens foram alvejados em momentos diferentes. Foram mortos dois agentes de segurança, que patrulhavam a área portuária. Mais adiante, entre Loon-Plage e Dunquerque, foram mortos dois imigrantes, de nacionalidade iraniana e com 19 e 30 anos, segundo fonte policial.

Loon-Plage, uma pequena cidade a poucos quilómetros de Dunquerque, é um dos pontos de passagem mais movimentados para imigrantes e requerentes de asilo que pretendem atravessar clandestinamente para o Reino Unido, arriscando as suas vidas no Canal da Mancha. O centro tem atualmente 600 migrantes.

As autoridades encontraram três armas no carro do suspeito, que não terá antecedentes criminais, segundo a Franceinfo.

Segundo o Le Parisien, poderá estar em causa uma disputa de contexto laboral — o homem que se entregou às autoridades tinha disputas laborais com a empresa de segurança na área portuária, onde foram atingidos os dois guardas, e contra a empresa de transporte do homem morto em Wormhout.

(Atualizada às 11h43 de 15 de dezembro)