Com chegada a alguns mercados europeus agendada para o início de 2025, ainda que em Portugal só seja esperado uns (poucos) meses mais tarde, o Fiat Grande Panda vai ser proposto com motor eléctrico e mild hybrid, mas este a chegar mais tarde. De momento, os condutores nacionais já podem encomendar a versão eléctrica, disponível em duas versões, RED e Prima, a primeira mais acessível e a segunda mais completa e dispendiosa.
Quando a Fiat denominou este novo modelo Grande Panda não estava a brincar, uma vez que o simpático veículo, que herda a denominação Panda que bem conhecemos, é substancialmente maior. O comprimento aumenta 33,7 cm, pelo que o carro evolui de citadino para utilitário, rondando os 4 metros de bitola. A distância entre eixos, que reflecte o espaço para as pernas de quem se senta atrás, cresce 24 cm, de 2,30 para 2,54 metros. Até a largura é mais generosa (1,55 para 1,64 m), o que permite antecipar a capacidade de transportar três adultos elegantes no banco traseiro, quando o Panda tradicional aconselhava que apenas dois se sentassem na retaguarda. E para não ficar atrás, a mala também evolui 136 litros (de 225 para 361), acolhendo mais facilmente as necessidades de uma jovem família.
O Grande Panda nada recupera das linhas do Panda, mas respeita-lhe o espírito, com uma certa dose de irreverência sem deixar de ser prático, assumindo mesmo um ar mais moderno do que o seu “irmão” mais pequeno. A grelha iluminada e os faróis com uma assinatura curiosa vão atrair os mais novos, destacando-se ainda a particularidade de o cabo eléctrico para carregar em pontos AC pertencer ao veículo, bastando abrir a tampa na grelha e puxar, para depois regressar ao lugar original quando está terminado o carregamento. Sem ocupar espaço na bagageira e sem obrigar a sujar as mãos.
Como construtor da Stellantis que é, a Fiat recorreu à base de órgãos da casa para conceber o novo modelo. A plataforma é a mesma do Citroën C3, tal como é o motor e a bateria. O primeiro fornece 113 cv e um torque de 125 Nm, o que dá perfeitamente para as necessidades de um veículo eléctrico deste tamanho e preço, para a bateria ser LFP com uma capacidade de 44 kWh, o suficiente para percorrer 320 km entre recargas, de acordo com o ciclo europeu WLTP. O Grande Panda recarrega depois o acumulador a 100 kW em DC (carga rápida de 20% a 80% em 33 minutos), ao passo que em AC “atesta” a 7,4 kW de série em 3h45, necessitando apenas de 2h55 com o carregador interno a 11 kW que é vendido como opcional.
Limitado a 132 km/h e capaz de ir de 0-100 km/h em 11 segundos, o Fiat Grande Panda é proposto por 23.550€ na versão RED e cerca de mais 3000€ para o Prima. Ou seja, é ligeiramente mais caro do que o Citroën ë-C3, mas figura entre os utilitários eléctricos mais acessíveis em Portugal.